Na manhã desta segunda-feira, 2/4, o espaço Tribuna Livre foi utilizado pela representante do Sindicato dos Enfermeiros de Aracaju, Flávia Brasileiro. Na ocasião, a representante explicitou as principais reivindicações da categoria.De acordo com Flávia, somente duas reivindicações, de uma lista com trinta, foram atendidas pela Prefeitura de Aracaju. A redução da jornada de trabalho de 44 para 30 horas semanais é uma das principais lutas da categoria.
Segundo a Presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Flávia Brasileiro, os índices de reajuste apresentados pelo Prefeito Edvaldo Nogueira não condizem com a realidade. “Os percentuais apresentados referem-se à incorporação das gratificações ao salário base dos profissionais e não ao reajuste da remuneração, além de refletirem uma faixa de percentual que não possibilita a identificação dos ganhos reais”, afirmou Flávia Brasileiro.
Flávia Brasileiro enfatizou ainda que itens prioritários para os enfermeiros não tiveram resposta, como por exemplo a isonomia na concessão de benefícios entre as categorias com o mesmo nível de escolaridade e com a mesma jornada de trabalho, além da formação da comissão que discutirá estratégias para resolver a problemática enfrentada pelos enfermeiros municipalizados, os quais perderão mais da metade da remuneração quando se aposentarem.
De acordo com Flávia, o que falta é a boa vontade da prefeitura em resolver as reivindicações da categoria. “O sindicato já enviou várias propostas e nenhuma delas recebeu atenção. O município não nos comunicou quais foram as propostas e as conquistas dadas a categoria, o que sabemos é o que está sendo apresentado pela mídia. Não pleiteamos apenas reajuste salarial, isto só não resolve o problema do servidor, mas também a segurança nos postos de saúde, que estão sem condições de atender a população e precisam de reformas urgente”, comentou.
Em sua fala, a presidente do Sindicato também comentou sobre o Estatuto do Servidor, de acordo com Flávia, até o momento o sindicato dos enfermeiros não foi chamado para participar das discussões da elaboração. “Já foi discutido o estatuto do servidor onde apenas um sindicato participou da discussão Contribuir para o estatuto não trazer prejuízos para a própria prefeitura, estamos oferecendo ajuda e estamos sendo negados.
Flávia frisou que 85% das açõs de saúde são realizadas pelos profissionais de enfermagem. “Com isso, as condições de trabalho, a falta de medicamentos e de estrutura dos postos é cobrado do profissional da saúde e não para o gestor da administração municipal”, comentou.
“Queremos ter o direito de ser ouvidos e de ser tratado igualmente que nem os outros servidores. É uma categoria que não foge ao seu compromisso. Gostaríamos muito de sermos respeitados pelo que produzimos. Gostaria que o prefeito tivesse compromisso, e garantir um reajuste digno a mais tempo, e que também houvesse a abertura de diálogo depende da boa vontade, somos recebidos por Silvio santos, Lunes, mas as decisões não dependem deles apenas”, disse.
Apartes
Em a parte, o o vereador Dr. Emerson Ferreira declarou que as discussões entre as categorias os gestores deve ser permanente. “Por uma questão de coerência acho inadimissível que a gente sustente um movimento por falta de negociação, já que se estabeleceu negociação com várias várias categorias e com a dos enfermeiros, não. É fundamental que sentem e discutam de modo bastante sincero”, opinou.
Em sua fala, Danilo Segundo (PSB) mencionou algumas reivindicações da categoria dos enfermeiros que já foram atendidas pela Prefeitura de Aracaju. Ainda de acordo com Danilo, a mesa de negociação só foi interrompinda porque os enfermeiros optaram por entrar em greve “Quero parabenizar a luta dos enfermeiros, sei que algumas reivindicações não foram atendidas, mas outras já foram como a questão da nova tabela com a incorporação parcial, novos valores para a gratificação de responsabilidade. O auxílio alimentação foi reajustado em 12 reais, não fui tudo que a categoria que queria. A mesa de negociação foi interrompida pelo sindicato, pois no momento que os servidores entraram greve, saiu da mesa de negociação, não estou dizendo que está certo ou errado. No momento não vai haver negociação até ter o reajuste salarial que o prefeito irá mandar para a câmara para entrar em votação”.
Para Jony Marcos (PRB), quando os secretários se sentaram para negociar, com a categoria, é o Poder Executivo quem está negociando. “Pude presenciar que Lucivanda várias vezes estava com a mesa de negociação, se procurarmos a categoria dos servidores grande parte está satisfeito com o reajuste. Estou me dispondo a apoiá-los. Queremos encontrar um ponto de convergência, pois há uma boa vontade do executivo em atender suas reivindicações”, falou.
Já o vereador Nitinho (DEM), relatou que ficou surpreso com o debate quando o líder do prefeito, Danilo Segundo, falou que não pode haver negociação. “O sindicato está de parabéns pois estão com uma visão coletiva, não só pensando em vocês, mas também precoupados com a vida do cidadão, com a estrutura dos hospitais e e postos de saúde”.
De acordo com Jailton Santana (PSC), a prefeitura dá um sinal claro que não negocia com o servidor. “Depois de ouvir as palavras de Danilo está aí a prova que os enfermeiros não erraram quando paralizaram”.
Karla parabenizou os enfermeiros pela luta e falou que muitos avanços na enfermegem, foram sem dúvida, graças a luta da categoria. “É preciso ver em quais questões podemos avanças há um interesso da prefeitura na melhoria desta situação e também dos enfermeiros sobre as melhores condições”.
Grecy Andrade – Agência Câmara