O Sindicato dos Eletricitários do Estado de Sergipe (Sinergia-SE) denuncia a onda de demissões que vem sendo praticada na Energisa. De acordo com o presidente do sindicato, Sérgio Alves, em menos de três meses a empresa distribuidora de energia elétrica já demitiu mais de 30 servidores. Diante deste quadro, os trabalhadores já estão se mobilizando realizando assembleias setoriais com o propósito de organizar um ato de protesto para barrar as demissões e as injustiças sociais, que estão sendo praticadas pela direção da empresa em Sergipe.
A data do ato e as ações que serão desenvolvidas ainda não foram definidas. O presidente do sindicato alerta que, além das demissões, a empresa deixou de disponibilizar muitos serviços em território sergipano. O atendimento ao cliente, em muitos segmentos, conforme Sérgio Alves, está sendo realizado em outros Estados. O presidente informa que já não há em Sergipe as atividades relativas ao faturamento, callcenter, contabilidade, logística, oficina e informática. “Sergipe está virando uma província”, analisa o sindicalista. Segundo Sérgio Alves, Sergipe, enquanto ente federativo, também perde arrecadação com a política da empresa.
“A Energisa não compra produto algum aqui em Sergipe. Tudo vem de fora. A empresa não compra veículos aqui nem material gráfico, nem fardamento ou equipamentos. Tudo é comprado fora, a empresa só leva o lucro dos sergipanos”, avalia. O sindicalista alerta que há, entre os funcionários, um clima de tensão, com grande insatisfação e insegurança devido à política da empresa, que só tem o lucro como finalidade. “Há disseminado entre os trabalhadores um clima de humilhações, terrorismo, com assédios morais e gente demitida”, diz o presidente do Sinergia. Na ótica do presidente do sindicato, as demissões colocam a segurança dos trabalhadores em risco. “Os trabalhadores batem o ponto hoje, mas não sabem se no dia seguinte estão de volta, imagine como fica a cabeça destes trabalhando durante o exercício profissional”, comenta. O presidente do Sinergia também alerta para a falta de justiça no ambiente de trabalho, informando que a qualidade de vida dos trabalhadores está comprometida. A meta da empresa, segundo o presidente do sindicato, passa pelas demissões, cujos alvos são sempre trabalhadores às vésperas da aposentadoria, com melhores salários e aqueles que estão com a saúde comprometida.
Acompanhe também o SE Notícias no Twitter, Facebook e no Instagram
Da Ascom Sinergia