Os trabalhadores e as trabalhadoras do comércio e serviços, organizados em suas entidades representativas, deram início à Campanha Salarial 2025. A pauta de reivindicações definida em assembleias da categoria, e já entregue à classe empresarial, reforça, entre outros pontos, a luta da categoria pela redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6×1 e do banco de horas.
Ronildo Almeida, presidente da Federação dos Empregados no Comércio e Serviços de Sergipe (Fecomse), explica que a proposta apresentada pelos trabalhadores inclui, além de reivindicações voltadas a cláusulas econômicas e sociais, a luta histórica das comerciárias e dos comerciários contra a jornada de trabalho 6 X 1 e o banco de horas.
“Essa demanda reflete um anseio coletivo por melhores condições de trabalho e qualidade de vida. Jornadas de trabalho mais adequadas já são aplicadas em várias partes do mundo e é uma discussão que está ocorrendo em todo o Brasil. Atinge diretamente os comerciários e as comerciárias, que, muitas vezes, vivenciam jornadas exaustivas, que afetam o seu dia a dia”, pondera Ronildo Almeida.
Qualidade de vida e produtividade – Para o dirigente sindical, mais tempo de descanso significa uma melhoria na qualidade de vida do trabalhador, maior produtividade e uma redução nos riscos de doenças relacionadas à fadiga. Para os empregadores, colaboradores mais satisfeitos e saudáveis tendem a ser mais engajados e eficientes, o que se traduz em melhores resultados para a empresa.
“Estudos demonstram que a satisfação dos trabalhadores está diretamente ligada a um aumento na produtividade e na qualidade do serviço prestado, resultando em benefícios para as empresas. A mudança da jornada pode criar postos de empregos e, consequentemente, contribuir para uma sociedade com menos mazelas e mais desenvolvimento com inclusão”, avalia Ronildo Almeida.
Prejuízos financeiros e sociais – O presidente da Fecomse espera agilidade nas negociações para o fechamento das Convenções Coletivas de Trabalho 2025, visto que a maioria dos setores tem data-base em 1º de janeiro.
“A situação é bastante crítica, com acúmulo de prejuízos financeiros e sociais nos últimos anos. Esperamos que nossos pleitos e necessidades sejam respeitados, não como um favor, mas como pagamento pelo trabalho efetivo que realizamos. É preciso urgentemente que negociemos nossa pauta, com reajuste salarial e melhores condições de trabalho”, ressalta Ronildo Almeida.
Pauta – Entre as reivindicações dos trabalhadores estão a manutenção de todas as cláusulas das convenções coletivas vigentes, recomposições salariais e discussão de algumas cláusulas novas que se fazem necessárias para que haja avanços para a categoria.
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Fonte: ascom/divulgação