por Iracema Corso/CUT-SE
Desde a retirada da Polícia Militar do Complexo Penitenciário Antônio Jacinto Filho (COMPAJAF), nos últimos dois meses, aumentou o risco de vida dos 200 agentes privados penitenciários que atuam no complexo há 4 anos.
O fato somado a problemas na estrutura física do COMPAJAF levou o Sindicato dos Agentes Privados Penitenciários (Sintradispen/SE) a denunciar à mídia sergipana o descaso da empresa Reviver com a segurança e integridade física destes trabalhadores.
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As cinco guaritas que servem como segurança nunca foram ativadas, e as 30 portas danificadas e sem dobradiças são provas concretas de que falta interesse em tornar o local mais seguro. O dirigente sindical Antônio Luiz relata que os motins no COMPAJAF são diários, mas a situação piorou com a retirada da Polícia Militar. “É necessário garantir uma condição mínima de segurança aos agentes”, afirmou.
Uma tentativa de resgate, vários plantões e avisos de invasão do presídio têm tornado o trabalho mais tenso dos agentes muito mais. Na última rebelião, ocorrida em 2012, três agentes privados de segurança foram pegos de reféns e conseguiram escapar da morte, porém dois deles ficaram tão abalados psicologicamente que não têm mais condições de trabalhar.
Dirigentes sindicais também denunciam que há dois anos a empresa Reviver tem repassado a contribuição descontada do salário do trabalhador para um sindicato que não representa os agentes de segurança. “A contribuição dos agentes deve ser repassada para um sindicato que represente os agentes e não outro sindicato que a empresa escolheu”, explicou.