Sindicalistas sergipanos se uniram e criaram equipes de mobilização que estão realizando manifestações nos terminais de integração do sistema de transporte coletivo, em Aracaju. O ato movimentou os terminais na manhã desta segunda-feira, 5, em um ‘grito’ contra a reforma da previdência social, cuja proposta de iniciativa do Poder Executivo tramita no Congresso Nacional.Os manifestantes distribuíram panfleto destacando pontos primordiais, que, na opinião dos líderes sindicais, afetam diretamente a classe trabalhadora e exibiram a foto e o nome dos cinco deputados federais da bancada sergipana que já declararam voto favorável à reforma. “Pressão neles para mudar o voto”, destaca o panfleto. O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rubens Marques, o Dudu da CUT, explica que os manifestantes tentaram encontrar os parlamentares no aeroporto às 4h da madrugada desta segunda-feira, 5, horário, segundo Dudu da CUT, que os parlamentares da bancada federal costumam viajar às segundas-feiras.
Mas quando chegaram no aeroporto, conforme relatos do presidente da CUT, os parlamentares já tinham utilizado um outro voo, passando por Campinas, em São Paulo, até chegar em Brasília. Segundo Dudu, eles não costumavam pegar esse voo, que saiu de Aracaju às 2h. “Eles sabiam que a gente iria estar no aeroporto”, diz. “Estamos aqui para acumular forças para a batalha final no Senado”, ressalta Dudu, fazendo referência à votação que ocorrerá no Senado.Os manifestantes distribuíram panfletos e perceberam que muita gente acredita que a reforma da previdência social seria medida necessária e benéfica para a própria classe trabalhadora. A estudante Luana Beatriz, 19, desconhece completamente o debate e disse que vai procurar informações mais profundas para ter uma opinião concreta a respeito. “Não faço a mínima ideia”, disse, depois que recebeu o panfleto das mãos do presidente da CUT.
O sindicalista Plínio Plugliesi, coordenador do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de Sergipe (Sindijus), explica que o ato serve para que as pessoas tenham consciência sobre os efeitos que a reforma da previdência social trará sobre a vida de cada trabalhador. “Estão em jogo questões que envolvem o aumento do tempo de serviço, redução do valor do salário benefício, dificulta ainda mais o recebimento de pensões, do PIS/Pasep, e traz dificuldades às mulheres e servidores públicos”, destaca o sindicalista.A expectativa é que a Câmara dos Deputados inicie na terça-feira, 6, os debates no segundo turno de votação da Proposta de Emenda Constitucional, que prevê alterações no sistema previdenciário que ampara a classe trabalhadora brasileira. Em julho, a Câmara dos Deputados concluiu o primeiro turno com 379 votos favoráveis e 131 contra a reforma. Após a conclusão da votação na Câmara dos Deputados, o projeto passa por novo debate no Senado.
por Cassia Santana, do portal Infonet