Servidores estaduais se reuniram na manhã desta terça-feira(29), em frente ao Palácio Governador Augusto Franco, em Aracaju, para protestar contra o fechamento da Maternidade de Capela, a 67 quilômetros da capital. A medida, que foi anunciada na última sexta-feira (25) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), ainda não tem data definida para ocorrer.
Com a medida, as parturientes deverão ir para as maternidades nos municípios de Propriá, Nossa Senhora do Socorro e Itabaiana.
A auxiliar de enfermagem e representante dos servidores da maternidade, Maria da Paixão Santana, diz que há médicos interessados em assumir o trabalho. “Vários médicos já estiveram na maternidade, já foram visitar, mas nenhum deles, quando chega até a Fundação [Hospitalar de Saúde], tem permissão de assinar o contrato. O governo não tem interesse em manter a maternidade em funcionamento”, disse.
Segundo o órgão, o motivo é a falta de interesse dos médicos em trabalhar na unidade, provocando um baixo número de atendimentos. O estado informou ainda que o repasse mensal de R$ 750 mil é considerado muito alto para a pouca resolutividade.
Sobre os funcionários, a SES disse que as equipes serão remanejadas gradativamente para complementar as escalas em outras unidades hospitalares.
Após uma reunião realizada no Ministério Público, o Secretário de Estado da Saúde, Valberto de Oliveira, informou que o governo ainda está iniciando uma conversa com o os envolvidos sobre a possibilidade de fechamento da maternidade. Ele disse ainda, que a previsão é que o espaço funcione como um centro de especialidades, mas nada está concluso.
“O Ministério Público está acompanhando a situação para readequação do atendimento da rede materna. Até a definição do fluxo de atendimento as coisas continuam como estão”, explicou o promotor do MP, Rony Almeida.
Por G1 Sergipe