Em Sergipe, houve redução de casos de bebês nascidos com suspeita de microcefalia, segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Em 2015, quando surgiram as primeiras notificações em Sergipe, foram registrados 181 casos. Em 2016, foram registrados 93 bebês suspeitos da malformação congênita, caindo para quatro casos notificados este ano, até o mês atual. Desses últimos, dois foram descartados e os outros dois casos estão em processo de investigação, sendo um proveniente do município de Capela e outro de Propriá.
O maior número de casos de microcefalia notificados em Sergipe se deu em novembro de 2015, quando 64 bebês foram registrados como casos suspeitos. Apesar da redução do número de casos de arboviroses (doenças transmitidas por insetos, a exemplo da dengue, zica e chikugunya) e conseqüentemente de microcefalia, os trabalhos de combate ao vetor permanecem.
“O trabalho junto à população, que inclui a orientação sobre o combate ao mosquito, é primordial para diminuirmos ainda mais os índices. São ações que exigem tempo para conscientizar e educar as pessoas sobre a importância de eliminar os focos do mosquito, visto que o Aedes Aegypti também é transmissor de doenças perigosas, como o Zika vírus, dengue e chikugunya”, explicou Tereza Cristina, Coordenadora dá Sala de Situação.
Arboviroses
De acordo com o último informe epidemiológico emitido pela SES este ano, Sergipe registrou 11 casos prováveis de zika vírus. Desses, seis foram confirmados – três em Aracaju e um em São Cristóvão. Os demais foram encontrados nos municípios de Nossa Senhora do Socorro e Rosário do Catete. No que diz respeito à febre do chikugunya, até 26 de agosto há registro de 299 casos prováveis, com 108 confirmados até o momento.
A maior parte dos casos de pacientes com febre do chikugunya foram encontrados também em Aracaju, quando 55 notificações foram confirmadas. Em seguida aparece Nossa Senhora do Socorro, com 21 casos confirmados, e em terceiro lugar surge o município de São Cristóvão, com 15. Os casos prováveis de dengue em Sergipe este ano, já somam 513, sendo 205 confirmados até o último dia 26. Desses, Aracaju registrou 75 casos confirmados, antecedendo Nossa Senhora do Socorro, com 64 casos, e São Cristóvão, com 40.
“As ações de combate ao Aedes aegypti se dão em território municipal, daí a importância da atuação direta das secretarias municipais de saúde no combate aos focos do mosquito. É preciso que o poder público municipal intensifique ações de notificação, investigação de casos suspeitos e visitas domiciliares. Os municípios devem também implementar ações integradas de monitoramento e combate ao Aedes, através das suas equipes locais e de todos os parceiros municipais engajados, de forma intersetorial”, destacou a coordenadora.
As notificações e as conseqüências da dengue, zika vírus e febre do chikugunya, bem como os casos de microcefalia em Sergipe são monitoradas continuamente pela SES, através da sua Sala Estadual de Situação, da Diretoria de Planejamento, e Diretoria de Vigilância em Saúde. As informações são atualizadas através de informes epidemiológicos que devem servir de parâmetro para a intensificação de ações a serem desenvolvidas nos municípios.
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Por ASN