Os produtores de rebanhos de bovinos e bubalinos [búfalos], de até 24 meses de idade, têm até o dia 30 de novembro para vacinar contra a febre aftosa. Esta é a segunda etapa da campanha de vacinação.
O relatório de vacinação deverá ser encaminhado à Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) até o dia 10 de dezembro. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), Sergipe é zona livre da doença há 20 anos.
A segunda fase de vacinação pretende imunizar cerca de 600 mil animais, de acordo com a diretora de Defesa Vegetal e Animal da Emdagro, Salete Dezen. “Continuamos com o índice de 96% do rebanho vacinado, o que representa uma posição acima do índice estipulado pelos órgãos internacionais, tornando o Estado reconhecido como um bloco livre da doença”, disse.
As vacinas já estão disponíveis nos estabelecimentos de produtos agropecuários e devem ser adquiridas pelo criador com preços que variam entre R$ 1,60 a R$ 2. Com relação à emissão do Guia de Trânsito Animal (GTA), só está permitida para produtores com cadastros regularizados, segundo explica Salete. O documento possibilita o livre comércio dos animais vivos entre os demais estados da federação
“Assim que o produtor comprar a vacina, deve apresentar a nota fiscal junto à Emdagro dentro do prazo estabelecido. Isso garante que ele não perca o direito de comercializar animais e produtos de origem animal, como também de comprar de sementes”, esclarece a diretora da Emdagro.
Além de cuidar dos trâmites legais e encaminhar a declaração, o governo disponibiliza técnicos para a aplicação da vacina, caso o criador apresente alguma dificuldade. “A vacinação é obrigatória e de responsabilidade de cada criador. O Estado oferece o suporte administrativo necessário para que tudo ocorra dentro da normalidade”, explica Salete Dezen.
O produtor de gado, Sérgio Santana, diz que as etapas de vacinação são importantes para manter Sergipe como zona livre da doença e aumentar a produção. “A regularização do rebanho com a imunização contribui para que nossos produtos continuem a ser comercializados aqui e nas áreas de zona livre da febre aftosa pelo Brasil. Isso resulta no crescimento da economia local e faz com que o nosso comércio cresça”, conta.
Recentemente os Estados Unidos concederam à Sergipe a certificação de confiabilidade para exportação de carne in natura. Por obter um status de área livre, o Estado pode realizar comércio de animais vivos, produtos e subprodutos de origem animal com os demais Estados e também outros países.
Com informações da Emdagro