A Fundação SOS Mata Atlântica lançou nesta semana a carta conjunta “Nova História da Mata Atlântica”, documento proposto que apresenta o compromisso de 15 dos 17 Secretários de Meio Ambiente de estados da Mata Atlântica para a ampliação da cobertura florestal nativa e a meta de zerar desmate ilegal do bioma até 2018.
Para Mario Mantovani, diretor de políticas públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, é possível zerar o desmatamento ilegal muito antes do prazo defendido pelo governo federal. “Até agora, pelo menos 15 de 17 secretários de meio ambiente de Estados da Mata Atlântica já se comprometeram a zerar o desmatamento ilegal até 2018. Além disso, a meta de restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares é pouco ambiciosa. Apesar de ser uma meta fraca, a realidade atual indica que ainda será difícil de atingi-la”, ressalta Mantovani.
São signatários da carta os secretários de Meio Ambiente dos Estados de Alagoas, Claudio Alexandre Ayres da Costa; da Bahia, Eugênio Spengler; do Ceará, Artur Vieira Bruno; do Espírito Santo, Rodrigo Marques de Abreu Júdice; de Minas Gerais, Luiz Sávio de Souza Cruz; da Paraíba, João Azevêdo Lins Filho; do Paraná, Ricardo José Soavinski; de Pernambuco, Sérgio Xavier; do Piauí, Luiz Henrique Sousa Carvalho; do Rio de Janeiro, André Corrêa; do Rio Grande do Norte, José Mairton França; do Rio Grande do Sul, Ana Maria Pellini; de São Paulo, Patrícia Faga Iglecias Lemos; Santa Catarina, Carlos Alberto Chiodini; e de Sergipe, Olivier Ferreira das Chagas. Não assinaram o documento, mas ainda podem aderir ao compromisso os Estados de Goiás e Mato Grosso do Sul.
A Mata Atlantica em Sergipe – Segundo informações apontadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), cerca de 7% da vegetação original no Brasil está bem conservada em fragmentos acima de 100 hectares. Em Sergipe, somente o Refúgio de Vida Silvestre Mata do Junco possui 894,76 hectares. Além dele, o Morro do Urubu possui 213,872 hectares e a APA Litoral Sul 50 mil, que incluem, ainda, florestas e ecossistemas anexos, como dunas, lagoas, manguezais e matas de restinga.
No Estado o bioma preserva mais de 100 espécies florísticas, 20 de anfíbios, 18 de répteis, 134 de aves e 23 espécies de mamíferos. A Mata Atlântica abriga, ainda, o macaco Guigó, um primata que só existe em Sergipe e no norte da Bahia, e o pássaro rendeira dos olhos de fogo que estão ameaçados de extinção.
Nacionalmente, um dos fatores que tem contribuído para a preservação do bioma é a promoção de políticas públicas em todas as esferas. Para o secretário de Estado do Meio Ambiente dos Recursos Hídricos, Olivier Chagas, a partir da regulamentação de leis de proteção e da criação de espaços como as unidades de conservação, é possível estabelecer uma relação da população com o meio ambiente e desenvolver o interesse pelo cuidado.
Com Informações da Ascom/SOS MATA Atlantica