O senador Rogério Carvalho (PT-SE) afirmou, durante o início dos trabalhos da CPI da Covid nesta terça-feira (3), que foi alvo de espionagem de militares do Exército, com ordens do ministro da Defesa, o general Walter Braga Netto.
Segundo o relato do parlamentar, uma pessoa próxima a ele foi visitada, na semana passada, por oficiais da ativa do Exército, em Sergipe. Carvalho acusou o ministro da Defesa de espioná-lo. “Eles foram ao meu estado para bisbilhotar a minha vida, querendo saber algo para usar contra mim. O Braga Netto foi o emissário dessa espionagem. Eu não tenho medo e não abrirei mão das minhas convicções. Ninguém vai me intimidar”, denunciou.
O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), prestou solidariedade e acrescentou que os senadores independentes também são perseguidos. “Você tem toda a nossa solidariedade, isso acontece com todos nós. Semanas atrás, apareceu um documento da década de 1980 sobre parlamentares que lutavam contra a ditadura, e eu estava lá, mas tentaram publicar com um ar pejorativo contra quem participava do movimento”, acrescentou.
Nas redes sociais, outros parlamentares comentaram as acusações de Rogério Carvalho contra o ministro da Defesa. O deputado federal Ivan Valente (Psol-SP) disse que os relatos são gravíssimos. “Isso precisa ser investigado e para isso é fundamental a vinda de Braga Neto à CPI, além de toda sua responsabilidade na trágica e criminosa atuação do governo Bolsonaro na pandemia”, tuitou.
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Fonte: ascom/Rogério Carvalho