No último teste antes da Copa do Mundo, aprovação com direito a boa atuação e golaço. Neste domingo, a Seleção fechou sua preparação para o Mundial com vitória tranquila por 3 a 0 sobre a Áustria. Diante de um adversário que vinha de sete vitórias seguidas e apresenta semelhanças táticas a dois rivais do Grupo E (Suíça e Costa Rica), o Brasil de Tite controlou o jogo, finalizou 16 vezes e construiu o placar com goleada. Gabriel Jesus, Neymar – deixando o zagueiro no chão em mais um belo gol em seu retorno aos gramados – e Philippe Coutinho marcaram os gols em Viena. Agora é foco total na corrida pelo hexa!
A Seleção embarca para Sochi ainda neste domingo e tem chegada prevista para a madrugada de segunda no horário local (noite de segunda no Brasil). A estreia na Copa do Mundo será daqui a uma semana, dia 17 de junho, contra a Suíça, em Rostov, às 15h (de Brasília).
Tite diz que dominar é ter a posse de bola. Já controlar o jogo é não deixar o adversário finalizar. Foi a segunda opção que ditou a atuação da Seleção no primeiro tempo em Viena. Bem postado e quase sem ser ameaçado, o Brasil finalizou oito vezes e buscou variações para furar a linha de cinco defensores da Áustria. Em uma delas, Paulinho infiltrou pelo meio e quase abriu o placar. Mas o gol acabou saindo em um lance de sorte: Marcelo chutou, a bola desviou na defesa e sobrou livre para Gabriel Jesus tocar na saída do goleiro.
Se a atuação no primeiro tempo já tinha sido boa, no segundo ela foi ainda melhor. Nem mesmo as alterações diminuiram o ritmo da Seleção, que soube aproveitar bem os espaços dados pelos austríacos – principalmente depois das substituições do técnico Franco Foda em busca da virada. Sem a linha de cinco defensiva e tentando jogar mais adiantada, a Áustria virou presa fácil. Quando perdia a bola, o Brasil conseguia recuperá-la rapidamente na maioria das vezes (o perde e pressiona que Tite tanto fala) e criava chances de perigo. Assim chegou ao segundo gol com Neymar, após linda jogada dentro da área, e ao terceiro com Philippe Coutinho.
No último domingo, Neymar voltou a jogar após três meses e marcou um golaço contra a Croácia. Uma semana depois, o roteiro foi parecido. Titular pela primeira vez desde o dia 25 de fevereiro, o camisa 10 teve boa atuação, foi caçado em campo (sofreu sete faltas) e fez outra pintura, com direito a deixar o zagueiro Dragovic caído no lance. Ficou 82 minutos em campo e marcou o seu 55º gol pela Seleção. O atacante está agora a um de igualar Romário (pelas contas oficiais da CBF), o quarto maior artilheiro da história do Brasil.
Em uma cidade famosa por sua orquestra filarmônica, Coutinho foi o maestro da Seleção. Um dos melhores jogadores em campo, o ”ritmista” de Tite mostrou habilidade com a bola nos pés, levou o time a frente e buscou o gol a todo instante. Foi quem mais finalizou pelo Brasil (5). Além de marcar o terceiro gol, ainda acertou uma bola na trave.
A disputa entre Gabriel Jesus e Firmino pela vaga no ataque segue acirrada. O atacante do Liverpool, um dos jogadores da Seleção de maior destaque na temporada 2017/18, deixou sua marca na vitória contra Croácia e deu uma assistência neste domingo. Já o atual camisa 9 sofreu com lesões e chegou a perder a posição para Agüero no Manchester City durante o ano. Mas sempre correspondeu com a camisa do Brasil. E foi assim novamente contra a Áustria, com direito ao gol que abriu o placar – o décimo sob o comando de Tite – e boa movimentação.
A Áustria se mostrou um bom teste para o Brasil às vésperas da Copa. Com semelhanças táticas à Suíça e à Costa Rica, dois rivais da Seleção no Grupo E, os donos da casa fizeram jogo duro no primeiro tempo e deram espaços no segundo ao saírem em busca da virada. Vale lembrar que os austríacos vinham de sete vitórias seguidas (cinco com o atual treinador), com direito a triunfos recentes sobre Uruguai e Alemanha.
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Com informações do Globo Esporte