O secretário de estado da Educação, Jorge Carvalho, participou na manhã desta quarta-feira, 8, do programa ‘A Hora da Verdade’, apresentado pelo radialista George Magalhães, quando conversou sobre diversos assuntos pertinentes à Educação.
Durante a entrevista, o secretário também respondeu às perguntas dos ouvintes e começou destacando que a melhoria da qualidade da educação “é um trabalho coletivo que requer a consciência e tomada de posição de toda a sociedade”.
O primeiro questionamento feito foi sobre o pré-projeto que o governo enviará para a Assembléia Legislativa que definirá um novo modelo de educação. Ele explicou que o projeto não se trata de uma avaliação dos professores.
“Não se pretende fazer auditoria em A, B ou C. A Seed não está preocupada em fazer avaliação de professores, e sim a qualidade do ensino que está sendo oferecido, a aprendizagem”, explicou. “Temos consciência de que precisamos aperfeiçoar a qualidade e é muito importante que a sociedade saiba como anda o ensino em Sergipe. Só saberemos onde estamos acertando e errando se tivermos sistemas de avaliação”, enfatizou.
Municipalização das escolas
O secretário desmistificou a questão da municipalização das escolas de ensino fundamental. Jorge Carvalho afirmou que nenhuma escola foi municipalizada desde o início de sua gestão, e explicou que a responsabilidade sobre o ensino fundamental deve ser compartilhada entre estado e municípios.
“Desafio qualquer cidadão desse estado a dizer uma escola que deixou de ser estadual para ser municipal. Agora, a LDB estabelece que é prioridade do estado oferecer o ensino médio. A lei diz que os entes devem compartilhar. O estado quer compartilhar com os municípios a solução das matrículas do ensino fundamental e prestar assistência técnica”, ressaltou, explicando que o estado vai estimular os municípios a ampliar, com qualidade, a matrícula do ensino fundamental.
Piso do magistério
Jorge Carvalho frisou que Sergipe cumpre rigorosamente a lei do Piso do Magistério. Ele explicou que o menor piso que o estado paga para as professores que têm formação em nível médio é de R$ 1.917,48. Já os professores que têm nível superior recebem um piso de R$ 1.948,00. E no final da carreira, o piso é de R$ 3.035,00.
“Isso nos dá o seguinte quadro: 77% dos professores da rede estadual sergipana possuem uma remuneração que oscila entre 3 e 6 mil reais por mês. Seis por cento recebem entre 6 e 10 mil reais. E 17% recebem entre dois e três mil reais”, disse.
Ele explicou ainda que os professores também recebem, além do piso, algumas gratificações a depender da situação individual. “Eles recebem 40% de gratificação de regência de classe. Se for um professor que estiver atuando em escolas do interior do estado, recebe uma gratificação de interiorização que corresponde a mais ou menos R$ 470,00. Se comparecer à escola no horário contrário, recebe uma gratificação por dedicação exclusiva. Recebe a cada três anos que permanece trabalhando, mais 5% de gratificação trienal. Se trabalhar em escola de turno integral recebe 100% de gratificação por atividade de tempo integral”, afirmou.
Diário de classe
Uma das ferramentas que se pretende implantar nas escolas é o diário de classe eletrônico. Durante a entrevista, o secretário destacou que já implantou, em fase de teste, em uma escola de Nossa Senhora da Glória. “Com isso, se o aluno faltar à aula, imediatamente os pais irão receber uma mensagem no celular em tempo real, avisando que o estudante deixou de comparecer. Estamos querendo dialogar com as famílias e reduzir os índices da evasão escolar”, declarou.
Solidariedade
O secretário prestou ainda a sua solidariedade, em nome do governo do estado, à família, amigos e comunidade da Escola Estadual Nilson Socorro, pelo falecimento do aluno Kelwin Jhonson dos Santos, que foi vítima de um infarto na tarde de ontem, 7, quando praticava atividades físicas na quadra da escola.
“Eu quero prestar meus votos de pesar e solidariedade a essa família, à comunidade da igreja Assembléia de Deus, pois ele era protestante e o pai dele é pastor evangélico. Colocamos três ônibus à disposição para transportar amigos e família ao sepultamento. É uma fatalidade, muito triste perder um filho nessa idade. Em nome do governo, prestamos nossas condolências”, disse. A Seed deu toda a assistência e apoio à família para as providências requisitadas para o funeral.
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Assessoria de Comunicação da SEED – ASCOM