Após fazer o balanço do ingresso de novos internos no sistema prisional sergipano em 2013, o Departamento do Sistema Penitenciário de Sergipe (Desipe) contabiliza que, no ano passado, foram recolhidos 3.476 presos das delegacias de todo o Estado para dar entrada no sistema. Isso representa um acréscimo em comparação aos anos anteriores, quando foram recolhidos 3.210 presos em 2012, e 2.876 presos em 2011.
De acordo com o secretário Benedito de Figueiredo, os números crescentes revelam o esforço que vem sendo desenvolvido pela Secretaria de Estado da Justiça e de Defesa ao Consumidor (Sejuc) em prol da otimização dos recursos e da rotinização do recolhimento dos presos das delegacias sergipanas.
“Anteriormente, as delegacias estavam sempre superlotadas e eram, inclusive, alvos constantes de interdições do Ministério Público. Hoje, um preso não passa mais de sete dias dentro da delegacia porque desenvolvemos, nesta gestão, um calendário que prevê a busca semanal dos presos nestes locais, para conduzi-los às unidades prisionais, primeiramente como presos provisórios e, após o julgamento, para os presídios destinados aos já sentenciados”, explica o secretário.
Segundo o diretor do Desipe, Manuel Lúcio Neto, essa atividade é feita semanalmente com o objetivo justamente de desafogar a superlotação antes identificada nos cárceres da Polícia Civil. “Realizamos o recolhimento dos presos nas delegacias duas vezes por semana e, das presas mulheres, diariamente. Justamente por isso, temos o orgulho de dizer que somos o único Estado da Federação que não possui mulheres nas delegacias. Elas permanecem lá somente o tempo necessário para a apuração do flagrante e a instauração do inquérito. Logo em seguida, são direcionadas pelo Desipe ao Presídio Feminino”, explica Lúcio.
Ainda de acordo com ele, com a aquisição de cinco novos carros-celas no último mês de novembro, além de intensificar a realização de escolta de presos até as audiências, a previsão é que, ao final de 2014, se registre números de recolhimento de delegacias ainda mais expressivos. “À medida que vamos nos aparelhando, conseguimos melhorar o ingresso e a circulação de internos dentro do sistema”, comentou Manuel Lúcio. Cada um desses veículos possui capacidade para transportar dez presos, sete escoltas e o motorista, e é equipado com câmeras internas e externas que transmitem as imagens para a cabine do condutor.
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Por Rebecca Melo, da Assessoria de Imprensa