Com o objetivo de informar a população sobre a conscientização da prevenção e diagnóstico da leishmaniose visceral, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net), adverte sobre a necessidade do tratamento adequado da doença, que pode levar à morte. Em Sergipe, foram 54 casos confirmados em 2022. Um número significativo quando comparado aos anos de 2020 e 2021, quando 90 casos foram atestados.
Segundo a médica veterinária e referência técnica do Programa de Vigilância e Controle da Leishmaniose, Rita Castro, a doença no Brasil tem como principal espécie de transmissão a Lutzomyia longipalpis. “A leishmaniose é transmitida ao homem pela picada de fêmeas do inseto vetor infectado, denominado de flebotomíneo e conhecido popularmente como mosquito-palha, asa-dura, tatuquiras, birigui, entre outros”, explica.
A zoonose tem evolução crônica e acometimento sistêmico e, se não tratada, pode levar a óbito em até 90% dos casos. “É importante se atentar aos principais sintomas da doença, que são febre de longa duração, aumento do fígado e baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular e anemia. A pessoa que apresente esses sintomas deve procurar a unidade de saúde mais próxima de sua residência para buscar assistência médica”, alerta.
Em se tratando da faixa etária, a predominância é de pessoas com 1 a 4 anos de idade e do sexo masculino. “Neste período de 2020 a 2022 também foram registrados nove casos de Co-infecção LV-HIV, sendo que um evoluiu para óbito pela leishmaniose”, conta.
Quanto ao diagnóstico, ele pode ser realizado por meio de técnicas imunológicas e parasitológicas. “Além do diagnóstico, o tratamento para os humanos é oferecido gratuitamente e está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, diz.
Prevenção
Com o objetivo de combater a proliferação do inseto transmissor, as Vigilâncias Epidemiológicas Municipais têm desenvolvido medidas de educação em saúde. Entre as orientações passadas, a importância da retirada de matéria orgânica em decomposição, como folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos, que favoreça a umidade do solo, locais onde os mosquitos se desenvolvem.
Nesse sentido, o apoio da população no que diz respeito à higiene ambiental para combater o inseto transmissor é fundamental. Medidas como colocar o lixo orgânico em destino adequado, a fim de impedir o desenvolvimento das larvas dos mosquitos; fazer a limpeza dos abrigos de animais domésticos para reduzir a atração dos flebotomíneos; e o uso de inseticidas aplicado nas paredes de domicílios e abrigos de animais ajuda na prevenção para as áreas com um elevado número de casos.
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Fonte: Secretaria de Estado da Saúde