A pandemia do novo coronavírus exige cuidados que vão além do receio do contágio. Traz o desafio da atenção com a saúde mental e a necessidade de repensar hábitos, práticas e rotinas para atravessar com equilíbrio as mudanças no ritmo de vida que o momento impõe. É o que afirma a diretora de Atenção Integral à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Flávia Diniz, salientando que as pessoas devem fazer coisas que lhe dão prazer como medida de prevenção para o bem estar mental.
Segundo ela, atividades físicas, caminhadas, leitura, dança, jardinagem, ir para a cozinha são práticas que geram bem estar e aconselháveis para qualquer época da vida, mas principalmente durante a pandemia, que impõe o isolamento social. “Sei que este é um momento difícil, que envolve questões financeira, social e familiar, mas precisamos ter a percepção também que a nossa casa é um lugar sagrado. É fundamental haver união, compartilhamento e a proximidade no seio familiar. Que se possa conversar mais e compartilharem das dificuldades juntos”, aconselhou.
Avalia Flávia Diniz que trabalhar o espiritual é outra forma de manter o equilíbrio mental. “A conectividade com a espiritualidade através de orações, meditações, contemplações, independente de religião, fortalece o espírito porque somos um todo: corpo, mente e espírito”, disse a diretora, sugerindo que as pessoas também podem usar esse tempo de isolamento social para olharem pra dentro de si e buscarem o autoconhecimento e praticarem o autocuidado.
Para o psicólogo clínico e Referência Técnica da Saúde do Trabalhador, Demétrio Reis, as atividades do cotidiano podem ajudar a atravessar a pandemia com equilíbrio e também recomenda atividades que trabalham a respiração, como os exercícios de corda. “O centro das nossas emoções é a respiração e quando você regula a respiração, assume o controle sobre si, não deixando que o pensamento, de certa forma, comande o seu estado emocional”, explicou.
“Tem pessoas que se adaptaram de forma tranquila ao isolamento, mas tem pessoas que precisam do contato com o outro, conversar, interagir, são mais extrovertidas e sem esse contato social de fato começam a apresentar níveis de tensão que, geralmente, aparecem com ansiedade que pode também desencadear uma depressão”, enfatizou o psicólogo, sugerindo que, neste caso, a pessoa deve buscar auxílio, seja de pessoas da sua confiança e intimidade, seja do profissional de saúde que esteja habilitado para lidar com as questões de saúde mental.
Orientou também o psicólogo ao exercício da fé. “Precisamos sempre trabalhar a espiritualidade porque a fé é a energia que mantém a nossa esperança. Esperar com paciência pelo fim da pandemia e a retomada da vida como ela era antes, o retorno das relações de contato”, finalizou.
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Fonte: Secretaria de Estado da Saúde