Da Gazeta Esportiva
O São Paulo está livre da segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Na noite deste sábado, a equipe sofreu no Morumbi, porém venceu a Portuguesa por 2 a 1, com gols de Rodrigo Caio e Aloísio (o atacante fechou o placar), e atingiu 46 pontos, o que, nas nas contas da comissão, é suficiente para esquecer o risco de descenso.
Pode ter sido a despedida do Morumbi na competição – pela qual o São Paulo volta a campo no próximo domingo, quando visita o Atlético-PR, em Curitiba – porque o clube foi punido com perda de mando de campo em quatro partidas. Se não conseguir redução de pena, será obrigado a fazer as últimas três rodadas como mandante a uma distância superior a 100 km da capital paulista.
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Em contrapartida, a Portuguesa (com 39 pontos ganhos, ainda não livre ainda do risco de rebaixamento à Série B) volta a jogar em casa já na próxima rodada. Daqui a exatamente uma semana, o time recebe o Coritiba, em duelo direto na parte de baixo da tabela de classificação.
Neste sábado, apenas duas posições foram mudadas por Muricy Ramalho em relação ao jogo de meio de semana, pela Copa Sul-americana. Luis Fabiano, sem condições físicas ideais, deu lugar a Ademilson, ao passo que Paulo Henrique Ganso, suspenso no torneio continental, retomou a posição ocupada momentaneamente por Jadson.
Mas havia uma diferença clara no desenho tático da equipe. Em vez do esquema tático 3-5-2, o São Paulo distribuía seus três zagueiros em uma linha de quatro, com Paulo Miranda bem aberto pelo lado direito. E foi com essa formação que vieram alguns sustos no início, por iniciativa do meia Souza, que comandava a Portuguesa e arriscou um chute defendido por Rogério Ceni em dois tempos.
Souza também tentou ajudar seu time defensivamente e, aos sete minutos, afastou bola pela linha de fundo. Só que, na cobrança de escanteio de Douglas, o lateral direito são-paulino pegou a própria sobre e levantou a bola novamente para o meio da área. Rodrigo Caio se antecipou e a cabeceou no canto esquerdo de Lauro para abrir o placar. Foi seu quarto gol com a camisa tricolor, todos (de cabeça) neste ano.
A reação da torcida não poderia ser outra que não de festa e gritos esperando uma goleada. A expectativa, no entanto, não se confirmou. Aos 18 minutos, Antônio Carlos poderia ter renovado essa esperança se tivesse concluído melhor de cabeça um cruzamento de Douglas pelo lado direito. O zagueiro subiu com tempo errado e mandou a bola à esquerda da meta rubro-verde.
Mesmo com dificuldade para prender a bola por muito tempo, a Portuguesa passou aos poucos a chegar com maior perigo ao campo de ataque. Graças também por um recuo do São Paulo, que insistiu em trocar passes no campo de defesa sem se desfazer da bola mesmo quando pressionado. Rodrigo Caio, Paulo Miranda e Denilson quase complicaram a saída em alguns momentos.
O risco defensivo irritou Rogério Ceni, que desistiu de atuar como líbero e começou a se livrar da bola, agradando à torcida atrás dele. Mas não só isso o incomodava. O goleiro também criticou seus companheiros após um cabeceio de Gilberto, completamente livre de marcação, à sua esquerda. Antônio Carlos encarou o capitão de frente e ouviu a bronca sem esboçar nenhuma reação.
O gol da Portuguesa parecia próximo. Como de fato estava. Após Marcelinho aproveitar bobeada de Rodrigo Caio e ganhar escanteio, a equipe visitante chegou ao empate. Aos 41 minutos, a zaga são-paulina não afastou bola pelo alto, e Luis Ricardo ficou com a sobra dentro da área. De primeira, o lateral direito (que interessa ao Tricolor) chutou no ângulo esquerdo de Rogério Ceni e empatou.
A ligeira melhora do time treinado por Guto Ferreira quase o colocou em vantagem antes até do intervalo. Três minutos depois do gol, Gilberto recebeu ótimo cruzamento vindo da esquerda e cabeceou bem, mas Rogério Ceni esticou a mão e fez defesa melhor ainda, espalmando a bola para escanteio e salvando o São Paulo no primeiro tempo.
Na segunda etapa, o São Paulo voltou mais ligado – e também mais “humilde”, como pediu Maicon, em entrevista no intervalo – e quase anotou o segundo gol aos nove minutos. Um bate-rebate dentro da área só não balançou a rede porque Moisés, em cima da linha, fez o corte. No minuto seguinte, Ademilson não aproveitou rebote de frente para o gol ao chutar a bola por cima do travessão, para desespero nas arquibancadas.
A equipe da casa, que pouco depois reclamou corretamente de pênalti em Aloísio, pôs o Morumbi abaixo aos 32 minutos. Com gol do centroavante, que aproveitou esforço de Ademilson na linha de fundo e só teve o trabalho de concluir ao gol vazio, já que Lauro havia deixado a meta para tentar se antecipar ao outro homem de frente. Um gol que, graças à trave (a qual evitou o empate no fim), decretou a vitória e tirou a Série B da lista de preocupações.