Em seu primeiro dia como técnico do São Paulo, Rogério Ceni foi ao Morumbi, sentou-se no banco de reservas de onde comandará a equipe a partir de janeiro de 2017, e falou ao site oficial sobre a sensação de voltar ao clube, um ano depois de se despedir como goleiro. O principal vencedor da história tricolor deu algumas dicas de como será seu trabalho na nova função.
VOLTA AO MORUMBI
– Acho que daqui eu nunca saí. As memórias são ainda muito recentes. O Morumbi é como se fosse minha casa. O que eu espero é estar à altura de um clube como o São Paulo, da grandeza do São Paulo. Tentei me aplicar bastante, estudar bastante nesse espaço de tempo de quase um ano que eu fiquei afastado do futebol como atleta.
CENI TÉCNICO
– Agora, em uma nova função, o que eu pretendo é ter pessoas que tenham conhecimento, possam somar e ajudar muito a construir uma nova história para o São Paulo: jogadores, comissão técnica, integrados à parte de futebol, de marketing, comunicação e à presidência do clube. Acho que isso é o mais importante para que a gente possa fazer um São Paulo melhor do que vem sendo nos últimos tempos.
SAMPAOLI
– Ser goleiro e técnico numa mesma vida é um desafio muito grande, são duas posições em que a pressão é muito forte. Me perguntaram por que escolhi assistir aos treinos do Jorge Sampaoli. E respondi que ele é um treinador que tinha características muito parecidas com a maneira que eu enxergava futebol. Fui muito bem recebido no Sevilha, escolhi passar uma semana até a preparação para um jogo e pude aprender muito.
TORCIDA
– A grande estrutura do clube, o peso da camisa do São Paulo, isso tudo pode dar combustível. E com o principal: ver o Morumbi cheio, ver o Morumbi a cada jogo com pelo menos seus 40 mil lugares da parte de cima lotados. O combustível desse time, por mais contratações que você faça, vem da arquibancada.
RELAÇÃO COM OS JOGADORES
– A relação e o trato com os jogadores serão os mesmos de quando eu era atleta. Agora ocupando uma posição diferente, mas com o mesmo respeito, o mesmo carinho pelos amigos, aqueles que ainda estão aqui enquanto eu jogava, alguns jovens que subiram da categoria de base. Aqueles mais velhos que chegaram logo depois da minha saída.
DESAFIO
– O grande segredo do futebol é administrar pessoas e se relacionar bem com seus jogadores. São eles que podem fazer diferença. Eu quero que eles vejam futebol da maneira como eu via quando jogava, eu quero um time vencedor, que tenha uma mentalidade vencedora. Eu tenho certeza que eles vão entender isso, já conheço muitos deles e sei da mentalidade vencedora que eles têm. Nós vamos ajustar apenas alguns detalhes. O mais importante é destacar que não sou eu, mas toda a equipe de trabalho que será colocada à disposição desses atletas.
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Informações do Globo esporte .com