Em sua coluna na Infonet desta terça-feira (10), o jornalista Cláudio Nunes publica a seguinte nota:
É só pesquisar nos debates e programas eleitorais na campanha do ano passado para comprovar que o eleitor que votou e elegeu Maria do Carmo, DEM, para o Senado Federal, foi alertado que ela poderia deixar o mandato para o primeiro suplente, Ricardo Franco, PSDB, que passou agora para o DEM.
Aliás, até este espaço fez o alerta e, após a reeleição de Maria, chegou a publicar um artigo avaliando que pelo estilo dela, jamais ela deixaria o senado para o suplente, se não fosse por um problema grave de saúde, como ocorreu no outro mandato com o pastor Virgílio.
Porém, o projeto de reeleição do marido, o prefeito João Alves, fez com que Maria do Carmo mudasse o estilo e sepultasse magoas profundas do passado, para assumir a secretaria de Ação Social de Aracaju.
O blog entende que o discurso que é “um crime conta o interesse público”, como Rogério Carvalho bradou errado. Sabe qual é o principal responsável? O eleitor? Se na campanha ele foi alertado e mesmo assim elegeu a senadora não cabe agora criticar Maria ou Ricardo Franco. E, infelizmente, a norma eleitoral é essa. O correto seria em caso de vacância assumir o segundo mais votado. Porém, a própria classe política não quer. Se analisar todos os suplentes dos 81 senadores a maioria é parente ou um grande empresário, como no caso de Ricardo Franco.
O eleitor, aquele que sempre critica o político, é o principal responsável. Na campanha, o eleitor esquece tudo e troca seu voto por outro tudo e mais um pouco.
O eleitor sabia que na salada eleitoral tinha cicuta no meio. Digeriu porque quis.