Jornalista Lauro Jardim diz que Tribunal de Justiça de Sergipe estaria sendo chamado de TJ de Déda, porque irmão e cunhado do governador ocupam presidência e vice-presidência do órgão; revista omite que ambos foram eleitos em processo eletivo interno, sem indicação de Déda; Gilmar Carvalho sai em defesa do TJ e critica revista “anti-PT”
VEJA IGNORA INDEPENDÊNCIA DO JUDICIÁRIO AO TENTAR CRIAR FACTOIDE CONTRA DÉDA. (Foto: Agência Sergipe de Notícias)
Sergipe 247 – Sem se preocupar com a premissa básica do Jornalismo, que é a checagem rigorosa dos fatos, a revista Veja, através do colunista Lauro Jardim, que mantém um blog no Veja.com, afirma nesta quarta-feira (13) que advogados que atuam no Judiciário de Sergipe teriam dado à Corte uma denominação nada simpática: “Tribunal de Justiça de Déda”, isso porque o novo presidente, Cláudio Déda, é irmão do governador Marcelo Déda (PT), e o vice no TJ, Edson Ulisses de Melo, é seu cunhado.
Na tentativa de criar um factoide e na ânsia de fazer crítica – e com uma vontade ainda maior quando é contra o PT – Lauro Jardim não explica, por exemplo, que tanto Cláudio Déda quanto Edson Ulisses não foram escolhidos pelo governador de Sergipe para os cargos. A escolha de ambos se deu em um processo interno, independente do Poder Executivo.
Diante da notícia, até o radialista Gilmar Carvalho (PR), que faz oposição ao Governo, saiu em defesa do TJ/SE. Responsável pelo site NE Notícias, o radialista publicou um editorial nesta tarde criticando a nota do site da Veja. “Lauro Jardim, um dos mais bem informados jornalistas do país, assina a coluna Radar On-line, na revista Veja e em Veja.com. Entretanto, por ser um dos melhores e bem informados, o jornalista não está imune aos equívocos, que algumas vezes beiram ao desrespeito”, inicia o texto.
O editorial prossegue ressaltando que “marcadamente uma revista anti-PT, Veja e o jornalista esqueceram que o irmão e o cunhado não foram eleitos, respectivamente, presidente e vice-presidente do Tribunal de Justiça pelo governador. Dos dois, Edson Ulisses foi o único escolhido por Déda, por ter sido o mais votado na eleição da OAB para o cargo de desembargador”.
Por fim, o NE Notícias posiciona-se em defesa do TJ/SE, justificando que prefere “a companhia da verdade e do respeito, a pessoas e instituições” e lembra que “com o trabalho de magistrados como Cláudio Déda e Édson Ulisses, o TJ de Sergipe ficou em primeiro lugar no Diagnóstico da Gestão Estratégica Nacional, levantamento feito pelo Conselho Nacional de Justiça em todos os tribunais Estadual, Federal, Eleitoral, Trabalho e Militar”.
