Empresários, representantes de instituições financeiras e autoridades prestigiaram a reunião do Planejamento de Ações do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, IBGC para 2025, a iniciativa é uma realização do Capítulo de Pernambuco do IBGC, responsável por Sergipe.
O café da manhã especial comandado por Adgenison Nascimento, que é sergipano, Vice-diretor do Capítulo de Pernambuco do IBGC e Conselheiro de Administração, rendeu bons frutos para o estado.
Em um cenário empresarial cada vez mais dinâmico e interconectado, a governança corporativa emerge como um pilar essencial para garantir a sustentabilidade, a transparência e a competitividade das empresas. Com o aumento das exigências dos investidores, consumidores e reguladores, o compromisso com boas práticas de governança não é mais opcional — é uma necessidade estratégica.
Em uma das falas do evento, o superintendente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) em Sergipe, Antônio César de Santana, propôs ações efetivas para aproximação da comunidade empresarial do estado em relação à Governança Corporativa.
Entre as sugestões, Ana Paula Vasconcelos, Ouvidora do Banese, também propôs estratégias para uma maior interação entre o setor do agro sergipano e a Governança Corporativa.
Já Rodrigo Rocha, representante da Federação das Indústrias do estado de Sergipe, também se colocou à disposição para construir e fortalecer uma ponte de conhecimento entre os empresários sergipanos e o tema da Governança Corporativa.
“Sinto que conseguimos avançar na pauta em Sergipe, fico feliz com o interesse da nossa comunidade em colocar nosso estado em um novo patamar da Governança Corporativa. Acima de tudo, saímos da reunião visando difundir a Governança Corporativa para além da comunidade empresarial. Criar uma cultura forte de compreensão do tema por toda a sociedade é a nossa missão”, afirma Adgenison Nascimento, Vice-diretor do Capítulo de Pernambuco do IBGC.
Governança Corporativa
Governança corporativa refere-se ao sistema pelo qual as empresas são dirigidas e controladas, envolvendo um conjunto de regras, práticas e processos destinados a equilibrar os interesses de todos os seus stakeholders, incluindo acionistas, gestores, colaboradores, clientes, fornecedores e a sociedade em geral.
O IBGC lançou no dia 1º de agosto de 2023, a nova edição do Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, umas das principais referências no tema, no Brasil.
O Código explicita que governança corporativa é um sistema formado por princípios, regras, estruturas e processos pelo qual as organizações são dirigidas e monitoradas, com vistas à geração de valor sustentável para a organização, para seus sócios e para a sociedade em geral.
Os princípios da governança corporativa foram aperfeiçoados na revisão do Código – com o acréscimo de um quinto princípio, integridade. A seguir, confira detalhes sobre os cinco princípios – ouça os podcasts especialmente produzidos para cada um deles, com a presença de nomes representativos da governança corporativa no Brasil.
Integridade (novo princípio) – Praticar e promover o contínuo aprimoramento da cultura ética na organização, evitando decisões sob a influência de conflitos de interesses, mantendo a coerência entre discurso e ação e preservando a lealdade à organização e o cuidado com suas partes interessadas, com a sociedade em geral e com o meio ambiente.
Transparência – Disponibilizar, para as partes interessadas, informações verdadeiras, tempestivas, coerentes, claras e relevantes, sejam elas positivas ou negativas, e não apenas aquelas exigidas por leis ou regulamentos. Essas informações não devem restringir-se ao desempenho econômico-financeiro, contemplando também os fatores ambiental, social e de governança. A promoção da transparência favorece o desenvolvimento dos negócios e estimula um ambiente de confiança para o relacionamento de todas as partes interessadas.
Responsabilização (Accountability) – Desempenhar suas funções com diligência, independência e com vistas à geração de valor sustentável no longo prazo, assumindo a responsabilidade pelas consequências de seus atos e omissões. Além disso, prestar contas de sua atuação de modo claro, conciso, compreensível e tempestivo, cientes de que suas decisões podem não apenas responsabilizá-los individualmente, como impactar a organização, suas partes interessadas e o meio ambiente.
Equidade – Tratar todos os sócios e demais partes interessadas de maneira justa, levando em consideração seus direitos, deveres, necessidades, interesses e expectativas, como indivíduos ou coletivamente. A equidade pressupõe uma abordagem diferenciada conforme as relações e demandas de cada parte interessada com a organização, motivada pelo senso de justiça, respeito, diversidade, inclusão, pluralismo e igualdade de direitos e oportunidades.
Sustentabilidade – Zelar pela viabilidade econômico-financeira da organização levando em consideração, no seu modelo de negócios, os diversos capitais (financeiro, manufaturado, intelectual, humano, social, natural, reputacional) no curto, médio e longo prazos. Nessa perspectiva, compreender que as organizações atuam em uma relação de interdependência com os ecossistemas social, econômico e ambiental, fortalecendo seu protagonismo e suas responsabilidades perante a sociedade.
A Relevância das boas práticas
A adoção de boas práticas de governança corporativa não só reduz riscos associados a fraudes e má gestão, mas também aumenta a confiança dos investidores. Empresas com governança sólida tendem a atrair mais capital, ter maior valor de mercado e demonstrar maior resiliência em momentos de crise.
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Fonte: Rodrigo Alves, Jornalista, Assessor de Imprensa com informações do IBGC.