A região do Baixo São Francisco agora conta com uma escola modelo. O Colégio Estadual Caldas Júnior, situado em Neópolis, recebeu investimentos na ordem de R$ 1.265,189 e sofreu reforma e ampliação, proporcionando que a população do município tenha acesso a uma unidade de ensino qualificada, com estrutura moderna, e serviço de rede aberta de internet com wifi.
Colégio Estadual Caldas Júnior, situado em Neópolis, recebeu investimentos na ordem de R$ 1.265,189. (Foto: Marcelle Cristinne)
“Está de primeiro mundo e vai ser a escola modelo da região. Aqui era bem simples e mudou muito. Não tem outra escola no município com essa estrutura”. Esta é a opinião da educadora de movimentos sociais Divaneide Souza, que já foi aluna do Colégio Estadual Caldas Júnior. Não só ela, como outras pessoas que fizeram e fazem parte da história da escola, acreditam que as mudanças da unidade de ensino são significativas.
“Aqui estava caindo aos pedaços, mas agora é escola de primeiro mundo. Espero que os estudantes saibam aproveitar, conservem o colégio e ainda que as próximas gerações cuidem da estrutura de uma das unidades de ensino mais tradicionais do Baixo São Francisco”, destacou João Paulo da Silva, representante dos alunos, acrescentando que a reforma era esperada por todos.
Dentre as melhorias da escola, está a implantação de sistema de monitoramento interno com oito câmeras e um monitor de 42 polegadas, execução de novas instalações elétricas, pavimentação com piso de alta resistência, execução de revestimento cerâmico nas áreas de circulação e salas de aula, construção de reservatórios inferior e superior e de refeitório, além de construção de rampas com guarda-corpo de proteção em tubo de ferro galvanizado para possibilitar acessibilidade às pessoas com deficiência.
Para a diretora da Caldas Júnior, Maria Cristina Guedes, a unidade de ensino está atrativa e traz equipamentos modernos e adequados para seu funcionamento. “O colégio faz parte da história educacional do nosso município e região. Centenas de médicos, engenheiros, professores e outros profissionais tiveram aqui base e estrutura educacional para o sucesso. A arquitetura está fantástica e vai proporcionar, sem a menor dúvida, condições cômodas para o nosso alunato”, salientou.
A escola foi reinaugurada pelo Governo do Estado no dia 26 de junho deste ano. Uma das principais alterações dela foi a quadra poliesportiva, que foi dotada de nova estrutura em pré-moldado de concreto para possibilitar melhor manutenção. Segundo o secretário estadual de Educação, Jorge Carvalho, este é o novo padrão adotado para todas as novas quadras estaduais.
“Neópolis está com rede escolar de excelente qualidade. Isso demonstra os investimentos na área do ensino público do estado. O objetivo é oferecer escolas que tenham todas as condições de proporcionar um bom ensino para os alunos que precisam da escola pública sergipana”, comentou Jorge Carvalho. Ele informa que a maioria das unidades de ensino já foi reformada, sendo todas de alto padrão.
A secretária de educação de Neópolis, Núbia Loz, ex-aluna do Colégio Estadual Caldas Júnior, comentou que é inegável a transformação da escola. “Aqui mudou bastante e nem parece a mesma unidade de ensino. Estou muito contente e feliz de ver uma obra tão grande, que, com certeza, vai trazer muito progresso e benefícios para nossos estudantes”.
Reformas de escolas
O Colégio Estadual Caldas Júnior é uma das 124 unidades de ensino já reformadas pela gestão estadual. Foram R$ 259 milhões investidos em construções, reestruturações e ampliações de escolas ao longo de oito anos. Além disso, das 373 unidades de todo território sergipano, 28 estão em processo de reforma, 12 em licitação e 28 com projetos já aprovados para serem licitados. Quadras poliesportivas também são alvo de melhoria e modernização da estrutura. 31 já estão prontas, 23 em andamento e 21 projetadas.
Apenas no mês de junho, foram inauguradas sete escolas: 11 de Agosto, no bairro Getúlio Vargas; Governador Augusto Franco, no bairro Santos Dumont; Alceu Amoroso Lima, no bairro Aeroporto; Manoel Dionísio de Santana, no Mosqueiro – todas em Aracaju; Josino Menezes, em Japoatã; Dr. Leandro Maciel, situada em Pacatuba; e a Caldas Júnior, em Neópolis.
As unidades passam a contar com laboratórios de informática, bibliotecas, refeitórios e salas de aulas ampliados, além de obedecer às normas técnicas de acessibilidade, através da instalação de rampas, banheiros adaptados, piso tátil e placas em braille. Há também equipamentos para prevenção e combate a incêndio. Já as quadras, construídas em concreto pré-moldado, terão durabilidade de mais de 20 anos.
De acordo com a diretora do Colégio Estadual Governador Augusto Franco, Angélica Jesus de Santana Nery, as reformas só trazem benefícios. “Essas melhorias criam uma estrutura física para que as aulas sejam ministradas da melhor forma possível, dando andamento à rotina escolar da melhor forma possível também. Temos na escola, atualmente, auditório, laboratórios de informática e de ciências, biblioteca, quadra e espaço de quadra coberta. Todas essas áreas possibilitam que o aluno passe mais tempo na escola, aumente o rendimento de aprendizado e, consequentemente, o colégio consiga melhorar o percentual do Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica], que é nossa meta. Queremos tornar o colégio um centro de excelência, e ter o maior Ideb do nosso estado”, relatou.
Ainda segundo Angélica, o investimento do Governo do Estado reflete diretamente no trabalho dos profissionais da educação. “Para os professores e profissionais da Educação, encontrar uma estrutura de trabalho adequada é um sonho, pois podemos diversificar o ensino para além da sala de aula. Ter um laboratório, um auditório para trazer palestrantes e ampliar o conhecimento dos jovens frente às novas tecnologias, à internet, isso é o sonho de qualquer professor, e essa casa consegue oferecer essas condições de trabalho. A estrutura está do jeito que a gente esperava. Claro que, gradativamente a gente pretende melhorar ainda mais, mas a estrutura está dentro dos padrões daquilo que é esperado”.
A respeito da Escola Estadual Manoel Dionísio de Santana, Josefa Núbia, mãe da pequena Laura, de 7 anos, conta o quanto as reformas melhoraram o ambiente escolar do local ao qual confia a educação da sua filha. “Melhorou muito. Antes era menor e agora ficou maior. O ensino é bom. Minha filha fica feliz quando chega aqui e eu fico feliz também, porque sei que educação é fundamental para o futuro dela”.
Murilo Braga
Maior colégio público do estado, o Murilo Braga, em Itabaiana, está com sua reforma em fase final. Foram investidos R$ 7 milhões na unidade que, a partir de agosto, vai contar com aulas do ensino profissionalizante nas áreas de informática e movelaria.
Uma das novas características do Colégio Murilo Braga é a grande área verde, que marca as áreas de convívio entre os blocos. A reforma também proporcionou a ampliação do auditório, recuperação da quadra poliesportiva, novas instalações elétricas, revisão de rede hidráulica e telhado, aplicação de novo revestimento e forro PVC em todos ambientes. Além disso, foi construído reservatório interno e externo, e criado um palco em área aberta para os estudantes utilizarem em suas peças e demais oficinas.
Atualmente o Murilo Braga atende a 1.700 alunos, e a expectativa é que esse número pule para cerca de 2.000 matriculados. De acordo com o coordenador do colégio, a procura pela escola aumentou, principalmente após a intervenção na estrutura. Os alunos também observaram que outros jovens têm interesse em fazer parte da unidade de ensino. “Muita gente agora está querendo estudar aqui. As matrículas estão disputadas”, comenta a estudante Elaine de Jesus.
Com o fim da obra, o Murilo Braga passou a contar com laboratórios de redes e informática com programas específicos, ensaios mecânicos e processos de fabricação moveleira, além de uma biblioteca com acervo específico e atualizado.
“Como ex-estudante daqui e professor, posso falar com propriedade sobre a reforma, que veio para dar visual mais bonito a escola. A parte de arborização está muito legal e o colégio está mais ventilado. Se permanecer do jeito que está, os alunos se sentem mais interessados”, ressaltou o professor de química, Marcos Santiago.
A jovem Ana Clara Santana se matriculou no colégio neste semestre. Ela é de São Paulo e conta que ficou surpresa com a estrutura do Murilo Braga. “Quando cheguei aqui, falei ‘nossa, que escola top’. Achei linda, principalmente por ser um ambiente arborizado. É totalmente diferente do cenário que eu tinha. Onde estudava era tudo quebrado e imaginei que aqui seria assim. Fiquei maravilhada, tirei foto e mandei para o pessoal de São Paulo”, declarou, acrescentando que estudar em uma escola com laboratórios é um diferencial.
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Agência Sergipe de Notícias
