O presidente dos EUA, Barack Obama, reeleito após vencer o republicano Mitt Romney na eleição da véspera, disse nesta quarta-feira (7) que, para os Estados Unidos, “o melhor ainda está por vir” e que ele volta à Casa Branca “mais determinado e inspirado” para o segundo mandato.
Obama, que ganhou mais quatro anos para continuar implantando seu programa de mudanças, teve dificuldades para iniciar seu discurso. A plateia gritava para o presidente: “Mais quatro anos! Mais quatro anos”.
Obama disse que parabenizou o candidato republicano, Mitt Romney, e seu candidato a vice, Paul Ryan, pela campanha.
O democrata, falando a uma multidão, fez uma declaração de amor à primeira-dama, Michelle, e às filhas, Sasha e Malia, citou o “primeiro cachorro”, Bo, e também agradeceu a sua equipe de campanha.
O presidente celebrou o processo democrático no país e disse que quer “trabalhar com líderes dos dois partidos”, pois há muito trabalho a fazer.
Ele citou a necessidade de reduzir o déficit, reformar o código tributário, aprovar a reforma da imigração e diminuir a dependência do país do petróleo estrangeiro.
O presidente reeleito também disse que quer conversar com o derrotado Romney. “Podemos trabalhar juntos para levar o país adiante”, disse.
Reeleito
Obama habia conseguido, até a última atualização desta reportagem, 303 votos de um total de 538, contra 206 do rival, segundo projeção da AP. Eram necessários 270 votos para garantir a vitória.
No voto popular, Obama tinha 56.129.652, contra 54.674.214 do rival até o momento.
A festa da vitória acontece no McCormick Place, em Chicago, base política de Obama e cidade onde ele acompanhou a apuração.
“Isto aconteceu graças a vocês, obrigado. Mais quatro anos”, disse Obama – um pioneiro em utilizar politicamente as redes sociais – no Twitter, logo após ter a certeza da vitória.
As pesquisas de intenção de voto realizadas dias antes da eleição apontavam um empate técnico entre os dois candidatos em âmbito nacional, no voto popular, mas com ligeira vantagem para o presidente nos chamados estados-chaves.
No complexo sistema eleitoral americano, é o resultado em cada estado é que importa. Ao votar em um candidato, a população na verdade escolhe um colégio eleitoral dentro de seu estado, composto por delegados, que só então elegerá o presidente. Por isso, muitas vezes, o candidato preferido na soma total dos votos acaba não sendo o eleito.
Antes da eleição, os estados de Nevada (6 delegados), Colorado (9 delegados), Iowa (9 delegados), Wisconsin (10), Ohio (18), Pensilvânia (20), Michigan (16), Virgínia (13), Carolina do Norte (15), New Hampshire (4) e Flórida (29) eram considerados tecnicamente empatados, e oficialmente poderiam ser ganhos por qualquer um dos candidatos.
Clique aqui e veja a matéria completa no G1