A sessão dessa terça-feira (16) na Assembleia Legislativa foi marcada por um extenso e forte embate entre deputados da situação e da oposição ainda por conta da ação (noticia crime) movida pelo Governo do Estado contra o deputado estadual Georgeo Passos (Cidadania), a delegada Danielle Garcia (PODE) e o Coronel Rocha (já na reserva remunerada) sobre os rumores de um suposto reajuste de 25% para os veículos licenciados em Sergipe a partir de 2022.
Semana passada o parlamentar lançou a discussão sobre o reajuste da tarifa e o líder do governo na Alese, deputado estadual Zezinho Sobral (PODE), retrucou, com o discurso que o adversário estava promovendo “fake News”. O assunto se expandiu nas redes sociais, com um forte debate entre as partes, com cada lado ponderando suas posições. Nessa terça Georgeo Passos ocupou a tribuna e se manifestou novamente.
“Houve uma representação da Procuradoria Geral do Estado (PGE), sob orientação do governador, por conta desse vídeo que estou exibindo aqui, porque falei a verdade. Eu posso assumir um discurso político e dizer que o IPVA pode sim ficar mais caro em 2022. Se usaram esta ação para tentar me intimidar, estão enganados. Não recuarei de minha posição. Desde a nossa Constituição não encontrei registros de um processo criminal do Executivo contra um deputado estadual”, reclama Georgeo.
Em seguida, após exibir o vídeo, Georgeo disse que não existem registros de que ele falou que havia um projeto de lei protocolado pelo Executivo na Alese tratando do assunto.
“Não sei se por falar a verdade serei conduzido à Comissão de Ética da Alese. E, desde já, anunciou que protocolei uma indicação pedindo ao Executivo que mantenha a base de cálculo de 2021 para cobrar o IPVA de 2022”, completou Georgeo, defendendo que a autonomia do Poder Legislativo seja preservada.
O líder do governo na Casa, deputado estadual Zezinho Sobral, retrucou a fala de Georgeo descartando qualquer intromissão do Poder Executivo e lembrando que o parlamentar da oposição já acionou diversos setores do Executivo na Justiça.
“Fomos acusados e expostos nas redes sociais de que estávamos no bolso do governador. Como se estivéssemos roubando! Tudo feito por uma militância patrocinada por Georgeo e o grupo que ele representa”, lembra.
“A milícia digital ataca a Casa e o Governo. A forma como se expressa para defender uma ideia atribui responsabilidade ao próximo. Isso não é liberdade de expressão. Não tem projeto de lei, o governo não mandou nada, não tem alteração. Isso afeta a nossa Casa. Os deputados não podem ser atacados em função de algo que não é verdadeiro e que houve uma orquestração. E isso coloca o deputado em condição difícil com o grupo”, completou Zezinho Sobral.
Em aparte, o deputado Francisco Gualberto também se manifestou sobre a polêmica envolvendo os deputado Georgeo Passos e Zezinho Sobral.
“Se dependesse da postura do deputado Georgeo, em 2023 só ele voltava para cá! Pode ser qualquer explicação sociológica, psicológica, psiquiátrica…, mas é um comportamento que ataca a todos. Existe a corrupção da consciência popular, que é crime, fazendo ilações e de forma afirmativa. Não participo dessas redes porque tenho medo da milícia”, salienta.
Em seguida Francisco Gualberto disse que “vossa excelência tem uma postura que contribui para as pessoas se desestimularem da política. A deslealdade, desfaçatez não podem ser instrumento… Têm projetos aqui que são postos apenas para expor os colegas e a Casa. É corrupção de consciência popular! O IPVA sequer está em debate aqui, é algo construído! E o pior é que esse povo fala em ética! Qual a ética dessa delegada? Reclamar quando apanha é bom; melhor é sorrir quando bate”, completou.
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Por Habacuque Villacorte