Com estreia no Dia Mundial do Teatro, 27 de março, o III Festival Sergipano de Artes Cênicas lotou o Teatro Tobias Barreto nesta segunda-feira. Promovido pelo Governo de Sergipe através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), o evento segue até o dia 30 de abril com mais de 20 espetáculos de dança, teatro e circo, além de palestras e oficinas com personalidades referências nas artes cênicas.
Segundo o secretário de Estado da Cultura, Irineu Fontes, o maior objetivo do Festival é fomentar a produção cultural e garantir o direito de acesso à cultura, contemplando diversos gostos e faixas etárias. “Este Festival tem dois papeis importante. O primeiro é a divulgação e o incentivo ao trabalho do artista sergipano, e o segundo é em relação à formação de público. Por isso, prezamos em oferecer espetáculos de qualidade, oficinas com bons profissionais, tudo que possam atrair cada vez mais pessoas para o teatro”, afirmou.
A programação foi aberta com o espetáculo convidado “Danação”, de Minas Gerais, com texto escrito pelo dramaturgo Raysner de Paula e encenado pelo ator Eduardo Moreira, do Grupo Galpão. “Acho uma honra ter a oportunidade de estar abrindo esse festival de teatro. É muito bom estar aqui, pois já apresentei outros espetáculos em Sergipe e sempre gosto de voltar. Esse espetáculo investe muito no poder da palavra de uma forma poética, e esta é a primeira vez que o apresento em um teatro tão grande”, contou Eduardo Moreira.
Segundo o diretor do espetáculo, Marcelo Castro, esta é a segunda apresentação de “Danação”, fora de Minas Gerais. “É incrível poder circular com o espetáculo, levá-lo para outros estados, outros públicos e poder estar neste Festival. Estamos muito felizes de estar aqui em Aracaju. O espetáculo foi escrito especialmente para o Eduardo, muito inspirado na obra de Guimarães Rosa e foi criado a partir do encontro de três profissionais de gerações e grupos diferentes, sendo ele no papel de ator, eu na direção e o Raysner no texto”, explicou.
Na plateia, artistas, estudantes e amantes do teatro assistiram atentos à apresentação. Turmas de quatro escolas públicas de Nossa Senhora do Socorro também estiveram presentes. “Nós acreditamos que é importante agregar valores à formação no processo da educação. Então, esse Festival contribui ao oportunizar vivências para que os estudantes venham associar os conteúdos pedagógicos à realidade da vida. E a arte, como foi dita pelo ator, é algo imprescindível para as nossas vidas”, afirmou a técnica pedagógica que acompanhava as turmas, Mônica Oliveira da Silva Brito.
Frequentadora das edições do Festival, a professora do curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Federal de Sergipe, Márcia Baltazar, o vê como um espaço oportuno para a propagação das artes cênicas. “Acho que o Festival é muito importante para Aracaju por criar uma movimentação maior através desta condensação de vários espetáculos em um mesmo período, o que faz com que o público acabe respirando teatro. É também um espaço extremamente importante para os estudantes das artes cênicas poderem conhecer os grupos daqui e terem acesso a espetáculos de fora, que trazem outras experiências para a cidade”, opinou.
Nesta terça-feira, 28, o Teatro Atheneu comemora seus 63 anos com a apresentação do monólogo pernambucano “O Açougueiro”. Dirigido por Samuel Santos, o espetáculo traz Alexandre Guimarães se revezando em sete personagens, sendo o principal Antônio, um sertanejo que tinha como ambição ser dono se um açougue. Ele conhece e se apaixona por Nicinha, com quem decide se casar, mas tem como obstáculo uma sociedade que não aceita o relacionamento. A apresentação será às 20h.
Festival
Viabilizado através do Fundo de Desenvolvimento Cultural e Artístico (Funcart), o Festival de Artes Cênicas segue até o dia 30 de abril, totalmente gratuito, com diversas apresentações nos teatros Atheneu, Lourival Batista, Tobias Barreto, praças e outros espaços públicos de Aracaju e do interior do estado. Além dos espetáculos, o evento contará, mais uma vez, com diversas palestras e oficinas gratuitas, voltadas especialmente para profissionais e interessados nas artes cênicas.
A primeira palestra será com o ator, diretor e teatrólogo brasileiro Amir Haddad (RJ), que falará sobre “O teatro e a sua sobrevivência nos tempos atuais”, no dia 29 de março, às 18h, no Teatro Atheneu. A programação completa e mais informações podem ser acompanhadas pelo site www.cultura.se.gov.br e pela página do Facebook: Festival Sergipano de Artes Cênicas.
Confira a programação dos próximos dias:
28/03 – terça-feira
O Açougueiro – Alexandre Guimarães (PE)
Teatro Atheneu, 20h
Teatro
29/03 – quarta-feira
Brilho e Arte – Circo Gold Star (SE)
Município de Santo Amaro, praça de eventos, 17h
Duração: 60 minutos
Circo de lona
30/03 – quinta-feira
Conto de Griô – Cia de Teatro História Encena (SE)
Teatro Tobias Barreto, 20h.
Duração: 70 min.
Teatro
30/03 – quinta-feira
Olhar com Olhos Virgens – Federação de Dança da Bahia (BA)
Teatro Atheneu, 20h.
Duração: 55 min.
Dança
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Da ASN