Fortalecer a construção de um projeto político socialista para Sergipe. Esse é o objetivo do Encontro Estadual do PSTU que acontecerá na próxima quarta-feira, 19, na Câmara Municipal de Aracaju, às 18h. O evento, que será aberto ao público, contará com a presença de Zé Maria, presidente nacional do PSTU e pré-candidato a presidência da república, além de representantes do PSOL, PCB e ativistas dos movimentos sociais.
Na oportunidade, serão apresentadas as bases para construção de uma Frente de Esquerda Socialista para a disputa das eleições deste ano. “O PSTU defende com muita convicção a necessidade de uma aliança com o PSOL, o PCB e os movimentos sociais do campo e da cidade. Precisamos apresentar nestas eleições uma alternativa aos trabalhadores e à juventude do nosso estado”, esclarece Vera Lúcia, presidente estadual do partido.
O PSTU não abre mão alguns critérios para que essa aliança se torne realidade: um programa socialista, sintonizado com as principais necessidades do nosso povo; o financiamento de campanha independente de empresas; e o respeito ao peso político das organizações na composição de chapa.
“Pelas últimas reuniões que tivemos com dirigentes do PSOL e do PCB, pudemos perceber que existe um acordo muito grande entre nós. Esses três partidos estão sempre juntos nas manifestações, nas greves, nas passeatas. Não há porque não estarmos juntos nestas eleições. Temos plena confiança de que teremos uma Frente de Esquerda classista neste ano”, acredita Vera.
Novo momento
As eleições de 2014 acontecerão em um momento diferente do país. Depois das manifestações de junho de 2013, o Brasil não é o mesmo. Os trabalhadores e a juventude estão mais atentos a o que acontece no cenário político. Depois assistir a uma queda vertiginosa da popularidade de seu governo, a presidente Dilma conseguiu recuperar uma parte de seu prestígio. Mas uma parte muito grande do povo perdeu sua confiança no PT.
A velha direita, obviamente, aproveita a oportunidade para levantar a crista. Ilusões são depositadas em falsas alternativas como Marina Silva e Eduardo Campos. A multidão passa pela estrada e levanta poeira. É preciso ter os olhos atentos para identificar muito bem quem é amigo e quem é inimigo.
Nem Marina, nem Campos, nem Dilma, nem Aécio e seus partidos são contra o corte no orçamento público federal para pagar juros da dívida pública. Não são contra entregar quase metade de nossas riquezas nas mãos de especuladores, muitos deles grandes bancos internacionais. Nenhum desses pode trazer uma melhora de vida significativa para o nosso povo. Isso porque estão comprometidos até a alma com os banqueiros, os latifundiários, os acionistas de grandes empresas.
Queremos um projeto político que rompa com o grande poder econômico e sintonizado com os movimentos sociais do campo e da cidade. Só assim poderemos apresentar ações concretas para mudar a realidade do nosso país.
Sergipe
Sergipe também vive esse novo momento. Uma parte significativa da classe trabalhadora perdeu sua confiança no PT/PCdoB. O PT foi escanteado e virou mero coadjuvante na disputa eleitoral de 2014. O PT e o PCdoB são responsáveis pelo fortalecimento da velha direita no Estado. Traíram os sonhos dos trabalhadores e da juventude sergipana. Agora estão pagando o preço.
“Jackson (PMDB), Amorim (PSC) e João Alves (DEM) não são aliados dos trabalhadores e da juventude. Nestas eleições, a voz das ruas deve ser representada pelos lutadores, pelos movimentos sociais combativos. É dever da esquerda socialista apresentar uma alternativa nas lutas e nas eleições. Nós do PSTU queremos assumir a responsabilidade, junto com o PSOL, PCB , de levantar ainda mais alto a bandeira do Socialismo. E convidamos os militantes dos movimentos sociais para essa empreitada. As nossas candidaturas serão porta-vozes das reivindicações populares e um ponto de referência para quem está disposto a lutar por um Sergipe para os trabalhadores”, afirma Vera Lúcia.
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Da Assessoria de Imprensa