Os professores e professoras de São Cristóvão paralisaram as atividades na quinta e sexta em virtude da falta de vontade da administração municipal de valorizar o magistério sancristovense.
Os educadores vivem um martírio que começou em 2013, quando a administração de Rivanda Farias conseguiu aprovar uma lei na Câmara de Vereadores que tornava nula as leis que reajustavam o valor do piso de 2011 e 2012, além de reduzir a regência de classe de 25% para 1%. Este golpe destruiu a carreira e a vida dos professores que chegam a ter uma perda de quase 50% de seus salários.
Desde 2013 os professores de São Cristóvão não recebem o reajuste do piso salarial nacional do magistério, um direito assegurado pela Lei Federal 11.738/2008, que determina que todos os professores da rede pública do Brasil devem receber anualmente o reajuste, sempre no mês de janeiro, e dentro da carreira.
As consequências destas perdas salariais são sofridas até hoje, muitos educadores chegaram a desenvolver problemas de saúde após terem suas vidas totalmente desestruturadas.
Os educadores foram às ruas, dialogaram com a população sancristovense e também com todo o Estado de Sergipe. Quem não se lembra da matéria Senhores da Fome de Roberto Cabrini que mostrava um grande esquema de desvio de dinheiro da alimentação escolar.
Além de terem seus salários cortados tinham que trabalhar em escolas com estrutura totalmente precária, algumas delas colocando em risco a vida dos estudantes, professores e funcionários.
A desculpa a época pela administração era a falta de recursos, mas estudos feitos pelo SINTESE mostraram que o problema não era falta de dinheiro, mas sim de vontade política de valorizar os educadores, pois os próprios dados que a prefeitura de São Cristóvão enviava ao Tribunal de Contas mostrava que havia dinheiro, pois houve um grande número de contratações. Para a administração sancristovense o professor concursado não era importante.
Atualmente a administração de Jorge Eduardo usa os meios de comunicação para tentar confundir a população sancristovense. Ele diz que conversa com os professores, mas para que os educadores voltassem a ter a regência de classe de 25% foi preciso que o SINTESE entrasse com uma ação judicial e o Tribunal de Justiça determinar que o município de São Cristóvão pagasse o direito dos professores.
A administração diz que reajusta os salários dos professores, mas a única proposta que ele apresentou, e que foi rejeitada pelos educadores, só recupera as perdas salariais daqui a 25 anos.
Os educadores de São Cristóvão estão e estarão sempre nas ruas, nas praças, nos povoados, dialogando com a população, lutando pelos seus direitos, pois gestores vem e vão, mas o povo de São Cristóvão necessita de uma educação de qualidade e o primeiro passo para isso é valorização dos professores e professoras.
Matéria extraída do site do Sintese
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