Na reunião ocorrida na manhã desta quarta-feira, 24, no Fórum de São Cristóvão, os professores de São Cristóvão negaram a proposta feita pela Prefeita da Cidade, Rivanda Batalha. Embora a Prefeitura tenha ofertado uma proposta para pagamento dos salários de janeiro, fevereiro e março, os professores optaram que o Ministério Público executasse a ação que obriga a Prefeitura a pagar os salários.
O diretor de Bases Municipais do Sindicato dos Trabalhadores na Educação Básica de Sergipe (Sintese), Erineto Vieira dos Santos, classificou a proposta oferecida como “ruim”. Segundo ele, os 252 professores que estão sem receber os salários de fevereiro e março, estão passando fome. Ainda segundo Erineto os professores que fizeram greve estão sofrendo um processo administrativo sem que os mesmo tenham cometido algo que merecesse, já que a greve, segundo ele, é um direito de servidor. Ele ver a penalidade como uma perseguição.
Ele explica que os profissionais do magistério só entraram em greve para reivindicar o corte dos salários. “Os 252 professores estão morrendo de fome porque eles estão sem receber os salários do mês de fevereiro e março. A prefeita propôs pagar os salários atrasados, mas a proposta não nos agradou, é a mesma oferecida nas negociações iniciais. Não houve avanços por parte da prefeitura. Eles querem pagar a esses professores um valor que retroagem nossos salários de 2010”, diz Erineto, ao ressalta ainda que os professores querem que sejam restabelecidos os parâmetros que recebiam em 2012.
Atos
Os professores já estão mobilizados para participar da Marcha Aracaju. Já na próxima sexta-feira, 26, ocorre uma reunião com os professores que estão sofrendo o processo administrativo em São Cristóvão. Na próxima segunda-feira, 29, haverá a distribuição da cesta básica para os professores que estão sem salário e na terça-feira, 30, acontece mais um ato em frente ao terminal do campus da Universidade Federal de Sergipe (UFS), a partir das 7h30.
Prefeitura
Em nota enviada à redação do Portal Infonet, a prefeitura de São Cristóvão explica que “antecipou-se e decidiu pagar a diferença salarial devida a professores que faltaram ao trabalho nos últimos meses e fará o crédito do salário até sexta-feira, 26. Agora, a prefeita espera que segunda, 29, os professores voltem à sala de aula. Por decisão da prefeita Rivanda Batalha, após consultar a Secretaria da Educação e Procuradoria do Município, os profissionais do magistério terão direito a diferença salarial referente aos meses de janeiro, fevereiro, março e abril, período em que a categoria divergiu da prefeitura no tocante ao pagamento com base na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).”
De acordo com a nota a prefeita Rivanda explica que não estão encerradas as negociações para os futuros pagamentos dos vencimentos do magistério a partir do mês de maio. “Nada vai ficar sem esclarecimentos, tanto para o Ministério Público, quanto para a sociedade. Toda realidade de São Cristóvão, suas contas, seus gastos com pessoal que já ultrapassam em demasia o limite prudencial, além das contas da Educação onde despesa é maior do que receita serão objetos do conhecimento de todos. Asseguro e dou minha palavra”, finaliza Rivanda.