Professores reunidos em assembleia geral no auditório da ADUFS, votaram em ampla maioria pela participação na greve geral que está sendo construída pelas entidades representativas da classe trabalhadora. Também votaram o indicativo de greve geral para o dia 9 de novembro, que deverá ser um dia em que o país irá parar contra os ataques do governo, que representam um retrocesso histórico nas conquistas obtidas pelos trabalhadores. Em ambas as votações, foram 10 votos contrários e 1 abstenção.
A convocação de assembleia para votar a greve geral foi um dos encaminhamentos do Setor das Instituições Federais de Ensino (Setor das Ifes) do ANDES-SN, que se reuniu no último final de semana (8 e 9), em Brasília, para avaliar a conjuntura e deliberar sobre as ações de mobilização para o mês de outubro.
A mobilização é regida pelos seguintes eixos: “Todos às ruas rumo a Greve Geral! Contra as Reformas da Previdência, Trabalhista e o PLC 30 da Terceirização! Contra o PLC 54 (PLP 257), a PEC 241 e PL 4567! Contra o Ajuste Fiscal e pela Auditoria da Dívida Pública e redução da taxa de juros! Em defesa do Emprego! Contra a Lei da Mordaça e a Reforma do Ensino Médio!”.
O dia 9 de novembro está em construção não como uma greve só das universidades federais, mas uma greve geral em todo país. Conforme explica o informativo do ANDES-SN: “A GREVE GERAL não é a soma de várias greves e nem a greve de apenas uma categoria, mas sim a concretização da luta coletiva de todas as categorias organizadas de diversas áreas e setores (público e privado), em articulação com movimentos sociais, populares e movimento estudantil. No lugar de várias mobilizações separadas, devemos realizar uma única mobilização concentrada”.
O presidente da ADUFS, prof. Airton Paula, esclareceu que um ponto central da mobilização é a luta contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que congela os gastos no serviço público durante 20 anos. Na esfera da educação pública federal, isso significará cortes para realização de concurso público, ampliação de quadro, progredir na carreira, entre outros prejuízos.
O Plenário da Câmara aprovou a PEC na noite da segunda-feira, dia 10. O prof. Alexandre Luna foi enviado a Brasília para integrar a mobilização do sindicato nacional contra a votação da PEC. Lá, ele relatou ter tido contato com deputados e senadores para provocar um embate em relação à proposta, porém, após visitar mais de 40 gabinetes, veio a constatação que os parlamentares não tinham conhecimentos sobre o que iam votar: “Eles (os deputados) não conseguiam nos contra argumentar. Estavam despreparados!”, afirmou.
Os docentes presentes da assembleia votaram uma série de ações nos encaminhamentos. Foram elas: estado de greve com da assembleia geral permanente; criação do Comando Local Unificado; Dia 25 de outubro como o Dia nacional de luta dos servidores públicos, com mobilização e paralisação, em articulação com todo o setor da Educação – público e privado -, tendo como eixo “Educação na rua contra a retirada de direitos, a Lei da mordaça e a reforma do ensino médio”; de 24 a 28 de outubro, mobilização na universidade; realização de assembleia por centro, debates, panfletagem, atos públicos, atividades que serão definidas pelo Comando Local de Mobilização; e Dia 09 de outubro indicativo de greve geral.
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Matéria extraída do site da Adufs