Os professores da rede estadual de ensino em Sergipe suspenderam nesta terça-feira (12) a greve que já durava 58 dias, uma das mais longas do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe (Sintese). As aulas voltam à normalidade já na quarta-feira (13).
A Justiça decretou a greve ilegal no dia 4 de junho, mas o sindicato só foi notificado no dia 11. Na decisão, a desembargadora Suzana Maria Carvalho determinou a suspensão imediata da paralisação sob pena de multa diária de R$ 20 mil em caso de descumprimento.
Na manhã desta terça-feira a categoria se reuniu em assembleia e fez uma manifestação que simbolizava o enterro do Governo do Estado. Os professores pedem o reajuste de 22,22% para todos os níveis da profissão, mas o governador Marcelo Déda diz que não tem condições de pagar por conta do cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal e que Sergipe não tem dinheiro para conceder o aumento total, apenas para os primeiros níveis.
“Os professores encerram hoje essa greve, mas vão continuar na luta pelo reajuste do piso para todos os níveis da carreira. Lutamos pelo que é justo, pelo nosso direito que é legal, que foi aprovado por unanimidade no Congresso Nacional e ratificado no Supremo Tribunal Federal”, disse a presidenta do Sintese, Ângela Maria de Melo.
A reposição das aulas ainda não foi definida. Segundo a Secretaria de Estado da Educação (Seed), cada unidade de ensino tem autonomia para decidir sobre o assunto. No entanto, a Seed deve baixar uma resolução com sugestões que servirão de base para os diretores de escolas.
Para cumprir os 200 dias de aula, os professores deverão repôs as aulas aos sábados e no período de férias que é em junho e julho.
Do G1 SE