Com o objetivo de zelar pelo patrimônio artístico, preservar a história e a cultura sergipana, o governo de Sergipe por meio da Secretaria de Estado da Infraestrutura e do Desenvolvimento Urbano (Seinfra) está reformando a Catedral Metropolitana, situada na Praça Olímpio Campos no centro da capital.
A reforma do templo religioso é dividida em três etapas. A primeira compreende a restauração de toda a cobertura, revestimento e pintura das quatro fachadas, recuperação das instalações elétricas, implantação do sistema de proteção a descargas atmosféricas (SPDA). Os serviços se aproximam da conclusão, uma vez que foi executada toda a recuperação da cobertura e revestimento das fachadas, bem como iniciadas as pinturas nas fachadas laterais, o que corresponde a 85%.
Os trabalhos da segunda etapa foram iniciados em 09 de setembro do ano passado e correspondem à substituição do piso do pavimento interno térreo (mármore arabescato escuro), do revestimento em granito das paredes e dos pilares do pavimento térreo, serviços de contenção contra umidade, interno e externo, restauração das esquadrias de madeira, metálicas e dos elementos arquitetônicos característicos das fachadas, assim como, revitalização dos banheiros. Também fazem parte dos serviços a recuperação do revestimento das paredes e do piso (assoalho de madeira) do pavimento superior, da torre sineira e os pináculos, reconstrução da pavimentação externa (concreto e escadaria em pedra lagoa santa), instalação do guarda-corpo em aço inox, grampeamento estrutural das fissuras e substituição da escada em madeira da torre esquerda, cujo percentual concluído é de 30%.
Avanço
De acordo com o secretário Estadual da Infraestrutura, Valmor Barbosa, os serviços tendem a acelerar. “Iniciada em 2012, a reforma só passou a ser responsabilidade da Seinfra em abril do ano passado, e, desde então temos trabalhado dentro das limitações, uma vez que somente em 08 de fevereiro deste ano é que a Arquidiocese interditou totalmente a igreja, o que possibilitou o avanço dos trabalhos já que passamos a não mais nos preocupar com a segurança dos fiéis enquanto desempenhávamos os diversos tipos de serviços”, explica.
Ele ressalta que nas próximas semanas a primeira etapa será concluída. “Dez profissionais se revezam na conclusão das instalações elétricas e do Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) e na pintura das fachadas laterais, sendo que, nos próximos dias, serão instalados os andaimes para o início da pintura da fachada frontal. Quanto à segunda etapa, 15 operários trabalham na reforma dos banheiros, recuperação do assoalho e pavimento superior, das esquadrias de madeira, remoção e impermeabilização do piso do pavimento térreo, demarcação do espaço para a construção da rampa de acessibilidade para pessoas com dificuldade de locomoção e recuperação estrutural da torre sineira”, detalha.
A reforma
O processo de revitalização recebe investimentos provenientes do governo federal por meio de emendas propostas por parlamentares sergipanos, através de convênio firmado entre a Seinfra e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Para a primeira etapa, o valor destinado foi de R$ 1.199.051,99. Já a segunda recebe recursos na ordem de R$1.636.712,17. No tocante à terceira etapa, o Iphan está analisando a aprovação da readequação do projeto para só então os serviços serem licitados.
Por se tratar de uma edificação antiga, todas as precauções foram tomadas para proteger as imagens e os ornamentos artísticos, tendo sido colocados tapumes de madeira e lonas nas laterais das colunas. Para a recuperação dos ornatos no topo das fachadas, os profissionais fizeram os moldes em fibra e resina, preenchendo-os com argamassa, cimento e areia. Após o processo de secagem que variavam entre 48 e 72 horas eles foram aplicados de volta para embelezar as fachadas laterais sem perder suas características originais.
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Por ASN