Na manhã de hoje, dia 10 de abril, professoras e professores da rede municipal de ensino de Nossa Senhora do Socorro realizaram uma vigília na sede da Prefeitura da cidade na tentativa de fazer as negociações com a gestão municipal saírem do lugar. Ao chegarem ao Centro Administrativo, foram proibidos de entrar no local pela Guarda Municipal, que deslocou um efetivo – munido de escopeta, metralhadora e spray de pimenta – no intuito de impedir o ato do magistério.
Firmes, professoras e professores resistiram, conseguiram entrar no espaço, mas foram impedidos de entrar no gabinete do prefeito Samuel Carvalho, onde entregariam um ofício pedindo audiência, pois a Guarda Municipal havia feito um cordão de isolamento na porta da sala.
“É desrespeito em cima de desrespeito contra o magistério. O prefeito não recebe a categoria e o vice só sabe dizer que estão fazendo estudos. Não há uma proposta, algo concreto que a gente possa discutir e negociar”, disse Adenilde Dantas, diretora Jurídica do SINTESE e professora da rede municipal de Socorro.
Ao receberem a informação de que o prefeito Samuel participaria de uma audiência pública na Câmara de Vereadores da cidade, a categoria saiu em marcha da Prefeitura até a Câmara na tentativa de conseguir diálogo com o gestor. Na casa legislativa, a categoria, representada pela diretora do SINTESE, teve um pequeno espaço no plenário, onde expôs o aparato desproporcional de segurança preparado para receber professores na Prefeitura e falar sobre a pauta de luta do magistério.
Os professores estão cobrando a atualização do piso salarial nacional, com índice definido anualmente pelo Ministério da Educação – MEC (para este ano de 2025, o valor é de 6,27%). “Com muita luta, conseguimos manter nosso piso atualizado corretamente há 15 anos. Isso é lei federal, determinação do MEC. O prefeito não pode sair visitando escola dizendo à categoria que ele vai dar o reajuste que ele quiser, inclusive nada se ele achar que deve. Isso é desrespeitar a lei e desrespeitar toda uma categoria”, destacou Adenilde.
Na pauta de luta, ainda estão gratificação para diretores e coordenadores, melhoria na gratificação do contra-turno para professores que trabalham dois turnos e aditivo que garanta o pagamento de piso salarial, 13º salário e férias para os professores contratados pelo Processo Seletivo Simplificado (PSS).
O prefeito Samuel não apareceu na Câmara, mas o vice, Elmo Paixão, sim. “Mais uma vez, não nos trouxe nada de novo, nenhuma proposta”, criticou Adenilde. Uma nova audiência foi marcada para o dia 16, às 8h, no Centro Administrativo. “Conclamo a todos os professores e professoras a participarem de uma vigília neste dia 16, pois faremos uma assembleia assim que esta audiência acabar”, anunciou. “E já avisamos ao vice Elmo que não queremos ouvir que ‘ainda estão fazendo estudos’, queremos proposta concreta, coisas palpáveis”, alertou.
Na agenda do professor para a próxima semana, tem assembleia geral unificada, no dia 15, às 9h, no Cotinguiba Esporte Clube, em Aracaju; e vigília no Centro Administrativo de Nossa Senhora do Socorro, no dia 16, às 8h.
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Fonte: ascom/divulgação