A criação do primeiro Jardim Botânico de Sergipe foi discutida na manhã desta segunda-feira, 20, entre o secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Olivier Chagas, e o prefeito de São Cristóvão, Marcos Santana. Trata-se de um fragmento de Mata Atlântica cortado pelo Rio Paramopama, afluente do Rio Vaza Barris, uma das poucas áreas verdes com vegetação nativa, inseridas em áreas urbanas.
De pronto, o secretário Olivier informou que já há estudos preliminares na Mata do Pratinha realizados pela Superintendência de Biodiversidade e Florestas da Semarh, com apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS), concluindo pela viabilidade do Jardim Botânico.
“Entre as ações da Semarh está a criação de unidades de conservação, a exemplo da Mata do Junco, em Capela, e o Monumento Natural Grota do Angico, em Poço Redondo. O prefeito Marcos está preocupado em fazer da ‘Pratinha’ uma área de preservação. É uma mata importante que vai além da questão ambiental. Estamos convocando os nossos técnicos para que eles adiantem os estudos na área e que possamos criar mais uma unidade”, afirmou Olivier.
Para o prefeito de São Cristóvão, a Mata da Pratinha é de um valor incomensurável não apenas do ponto de vista ambiental. “Viemos resgatar o projeto que existe aqui na Semarh de construção do primeiro Jardim Botânico do Estado. A ideia é que a gente possa criar esse espaço não somente pela preservação do meio ambiente, mas porque ali há registros históricos de que, no século XIX, funcionou, fundado por Dom Pedro II, um horto florestal. Inclusive, a rua que dá acesso à mata se chama “Rua do Jardim”. Queremos preservar a área e o seu contexto histórico”, argumentou.
Mata Atlântica
A Mata Atlântica é considerada um bioma com recorde mundial de biodiversidade. Dada a sua importância, a Mata Atlântica está na lista dos biomas mais importantes do mundo, sendo considerado como hotspots (ponto quente de biodiversidade), porém, com o elevado grau de perturbação antrópica, restando somente fragmentos isolados. Por isso, a proteção e conexão dos fragmentos remanescentes são desafios para a conservação.
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Matéria enviada pela Ascom/Semarh