O prefeito de Nossa Senhora do Socorro, Fábio Henrique, realizou nesta quarta-feira, 18, uma coletiva com a imprensa sergipana onde abordou questões como aterro sanitário e a nova polêmica sobre o fim da circulação dos táxis lotação do município, em Aracaju.
Na ocasião, o gestor do segundo maior município sergipano deixou claro que irá fazer frente contrária à questão levantada pela Superintendência Municipal de Trânsito e Transporte – SMTT – de Aracaju, que suspenderá os serviços dos táxis lotação da Grande Aracaju em 90 dias e declarou-se contrário à implantação de um aterro sanitário no povoado Tabocas.
O prefeito Fábio Henrique falou ainda sobre o fato dos municípios não terem sido convocados pela Prefeitura de Aracaju para discutir sobre os táxis lotação. “A administração de Aracaju deveria ter convidado não só a mim, mas, também, os prefeitos da Barra e de São Cristóvão para que pudéssemos manifestar nossa opinião sobre um tema tão importante como este. E pergunto: Se Aracaju só pode licitar até o seu território, como os ônibus entrarão na Grande Aracaju? O povo terá que pagar duas passagens?”, questionou.
“Destaco que o sistema de táxi lotação funciona de forma extraordinária em Socorro, suprindo as deficiências do transporte público e nossa gestão irá lutar para que a integração não deixe de existir. Vamos solicitar o apoio dos Ministérios Públicos Municipal e Estadual, tudo isto de forma ordeira, pacífica e aberta a diálogo”, ressaltou.
“A cláusula décima do Termo de Ajuste de Conduta – TAC – , assinado em 2009 afirma: ‘O presente acordo possuirá como termo final a licitação do contrato de transporte coletivo integrado da Grande Aracaju, consoante prazo estabelecido no próprio instrumento para a implantação efetiva do novo transporte’. Portanto, não deveria ser cogitada a possibilidade de suspender a integração feita por estes veículos, até porque nosso município representa 40% da população que utiliza transporte público em Sergipe”, enfatizou Fábio Henrique.
“É tranquilizante ver a postura do prefeito Fábio Henrique que apoia nossa causa. Estávamos bastante aflitos com esta decisão, mas temos certeza de que com nosso administrador à frente desta situação, logo tudo será resolvido da melhor forma possível”, comentou o presidente da Cooperativa de Táxis Lotação dos conjuntos Jardim e Parque dos Faróis – Cooperjaf – , Menaldo dos Santos.
“Nos pegaram de surpresa com esta decisão que não permitirá o transporte de passageiros de Socorro para Aracaju, pois, se isto ocorrer, aproximadamente 600 trabalhadores irão ficar desempregados. Estávamos em pânico, mas com Fábio Henrique ao nosso lado estamos mais calmos”, afirmou o presidente da Cooperativa de táxis lotação de Socorro – Coopertalso – , Leônidas Silva dos Anjos.
Aterro Sanitário
Quando questionado pelos jornalistas que participaram da coletiva sobre a possível ida do aterro sanitário para o povoado Tabocas, o prefeito Fábio Henrique frisou que a administração não tem a intenção de tornar isto uma realidade.
“Nossa posição é a mesma que adotamos quando houve a possibilidade de ser instalado um aterro sem licenciamento na Palestina, ou seja, não estamos de acordo. Não aceitamos nada, nenhum projeto sem licenciamento e que venha prejudicar nossa população. Assim como as pessoas que se manifestaram na BR-101 esta semana, também sou morador do povoado Tabocas e não desejo que nenhum ‘lixão’ seja colocado lá. A Prefeitura não autorizou e não pode autorizar a construção do aterro. Somente a Adema, órgão do Governo do Estado, é que pode autorizar a construção do aterro sanitário, através da licença ambiental”, explicou.
Estiveram presentes na reunião secretários municipais; o vice-prefeito José Job de Carvalho Filho; a ex-deputada estadual, Elma Paixão; o ex-prefeito, Tonho da Caixa; o deputado estadual, Zé Franco; o deputado federal Laércio Oliveira; todos os atuais vereadores e ex-vereadores do município; servidores; lideranças comunitárias e representantes das duas cooperativas de táxi lotação de Socorro, que mostraram-se satisfeitos com a posição do prefeito sobre a questão.
Agência Socorro de Notícias