Em uma partida marcada por duas falhas do goleiro Júlio César, a Ponte Preta venceu o Corinthians por 3 a 2, no Pacaembu, neste domingo, pelas quartas de final do Paulistão, e avançou à semifinal do estadual. A melhor campanha da fase de classificação acabou sendo inútil para os corintianos, que agora focam apenas na Libertadores. O fim do jogo foi emocionante, com o time da casa pressionando em busca do empate.
A eliminação no Paulistão aumenta a preocupação da torcida corintiana com relação à equipe do técnico Tite em mata-matas. Desde que o treinador chegou ao clube, foram cinco confrontos eliminatórios. O Corinthians venceu apenas Oeste (num 2 a 1 suado) e Palmeiras (nos pênaltis), no Paulistão passado. Perdeu para Santos (na final do estadual passado), Deportivo Táchira e agora para a Ponte.
Antes de enfrentar o vencedor de Palmeiras e Guarani na semifinal do Paulistão, no próximo domingo, a Ponte Preta encara o São Paulo pelas oitavas de final da Copa do Brasil. O jogo de ida é nesta quinta-feira, em Campinas. A volta acontece na outra quarta, no Morumbi. Neste mesmo dia o Corinthians volta a campo, para pegar o Emelec, no Equador, pelas oitavas da Libertadores.
Surpresa, Timão!
Desde os primeiros minutos, a Ponte Preta mostrou uma postura de time visitante que não tem medo de jogar. Marcou bem o Corinthians no campo de defesa e saiu rápido para os contra-ataques, passando sempre a bola pelos pés do talentoso Renato Cajá. Taticamente, a equipe de Campinas era amplamente melhor.
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Aos 12 minutos, o garoto de Marquinhos, de apenas 17 anos, substituto do lesionado Chicão, fez falta em Roger na intermediária. Willian Magrão bateu rasteiro, Júlio César chegou na bola, mas não segurou. A falha do goleiro colocou a Ponte Preta na frente do placar.
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O gol acordou o Corinthians, que foi para o ataque. Era tudo o que queria a Ponte Preta, que foi ao Pacaembu querendo jogar no contra-ataque. Aos 27, Cicinho cruzou da direita, Cajá não conseguiu o domínio, mas a bola sobrou para João Paulo. O volante chutou de primeira e mandou por cima.
Nova chance no contra-ataque, aos 34, a Ponte não perderia. Uendel cruzou, Roger se antecipou a Castán, bateu de primeira, sem chances para Júlio César, fazendo 2 a 0 para o time do interior.
Nem pressão funcionou
A prova de que o Corinthians jogava mal é que no intervalo Tite mudou todo o setor de criação. Tirou Jorge Henrique e Danilo por Douglas e Alex. O time até ganhou em volume de jogo, passou a rondar mais a área ponte-pretana, mas seguiu sem ameaçar o gol de Bruno Fuso. A Ponte continuava chegando no contra-ataque.
A terceira mudança aconteceu aos 18 minutos. Tite ousou: tirou o zagueiro Marquinhos e colocou o atacante Willian. Na primeira chance, ele quase marcou. Emerson fez jogada pela esquerda, cruzou rasteiro, e tanto Willian quanto Liedson por pouco não desviaram para dentro do gol.
Depois, foram dois chutes cruzados de Willian, ambos da ponta da área. O primeiro, aos 27, passou raspando a trave. O atacante entendeu o que precisava consertar. No segundo, dois minutos depois, mandou um pouquinho mais à direita, desta vez para dentro do gol. A Ponte Preta reclamou muito (Gilson Kleina foi até expulso) porque o lance nasceu de uma falta de Douglas em Cajá. O meia ponte-pretano ficou caído no chão, ninguém jogou a bola para fora para que houvesse atendimento ao jogador, e o Corinthians aproveitou para descontar.
Muita emoção no fim
O Corinthians seguiu pressionando. Aos 42, Paulinho recebeu na direita da área e deu um toquinho para encobrir o goleiro. Willian tentou cabecear em cima da linha, mas a zaga tirou. Aos 44, Júlio César voltou a aprontar. Bateu um tiro de meta nas costas de Leandro Castán e deu a bola de presente para Renato Cajá. O meia aproveitou a desatenção da zaga, que foi pega de surpresa e lançou Rodrigo Pimpão. Apavorado, o goleiro saiu mal do gol. O atacante aproveitou e fez o terceiro.
Quando tudo já parecia decidido, Alex arriscou chute de fora da área, a bola desviou na zaga e entrou no ângulo direito do gol de Bruno, batendo na trave antes. Precisando de mais um gol, o Corinthians foi para a pressão total nos cinco minutos de acréscimo dados pelo árbitro. Paulinho e Emerson tiveram boas chances, mas desperdiçaram. No outro lado, Júlio César fez excelente defesa em chute de Cicinho após contra-ataque da Ponte.
Agência Futebol Interior e Gazeta Esportiva