Os policiais que se envolveram em uma confusão de trânsito na noite do último sábado (24), no conjunto Augusto Franco, compareceram na manhã desta segunda (26) à Corregedoria da Polícia Civil, onde contaram as versões sobre os acontecimentos. Um policial civil de prenome, Messias, é acusado por um casal de PM´s de agredi-los fisicamente e verbalmente em via pública.
De acordo com o relato do policial militar, Arivaldo Antônio Fernandes Junior, o policial civil transitava em alta velocidade e quase o atropelou juntamente com a namorada, gravida, que ocupava a garupa da motocicleta.
“Eu estava em um a moto com minha namorada e transitava pela pista paralela à Praça da Juventude, no Augusto Franco. De repente, um veículo de modelo Voyage de cor branca saiu do estacionamento da praça em alta velocidade, de forma imprudente. Ao passar por nós, quase nos acertou, sorte que conseguir desviar. Eu esbravejei com o motorista, que no momento eu não sabia que se tratava de policial civil, e pedi para ele tomar cuidado. Só que ele não gostou e emparelhou o carro com a minha moto e nos acompanhou até um certo ponto. Ele resolveu a abrir a porta do carro e nisso a minha moto acabou caindo e a gente foi para o chão. Ele nem prestou socorro. Ao contrário, quando eu tirei o capacete e me levantei ele me deu um tapa na cara”, conta.
Com a confusão, a namorada do PM sofreu um princípio de aborto. Ela chegou a ser atendida no Hospital Santa Izabel, no bairro Santo Antônio, mas está fora de perigo e descansa em casa.
Arivaldo afirma ainda que informou para o policial civil que a namorada estava grávida de cinco meses, e nem assim, ele se acalmou. “Eu disse a ele para se acalmar que minha namorada estava gestante, mas nem quis saber. Minha namorada também pediu para ele se acalmar e ele deu um empurrão com as duas mãos nela. Eu acho que isso não é atitude de um homem que diz defender a sociedade, é atitude de um covarde”, relata o policial militar.
Já o policial civil, acusado pelo casal de agressão, conta uma versão diferente. Messias acusa os PM´s de ataque verbal e afirma que somente revidou as agressões. “Eu estava no Augusto Franco, e o carro da SSP estava parado na praça que fica em frente à minha casa. Eu fui da a ré no carro para guardar na garagem e vi que uma moto buzinava atrás de mim. Eu freei o carro, baixei o vidro pedi desculpa, mas o rapaz da moto me xingou. Ele empurrou o dedo no meu rosto, foi quando eu abri a porta do carro para e desci. Como o carro estava emparelhado com a moto, acabou topando a porta na moto, desequilibrou o casal e eles caíram no chão. A namorada dele veio em cima de mim e me empurrou e eu empurrei de volta. Eu apenas revidei as agressões deles dois”, afirma.
O policial civil também conta que não fugiu do local assim como está sendo acusado. “Não fugi do local, eu apenas segui viagem. Saí para outro lugar como de costume e cheguei no horário de costume. Eu não fugi. Foi uma briga de trânsito e não uma briga institucional como estão querendo pregar”, argumenta Messias.
O caso será investigado pela Corregedoria e posteriormente a ocorrência será encaminhada para o Ministério Público Estadual.
por Redação A8SE.com
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