Um ataque de fúria após uma discussão no trânsito poderia ter acabado em tragédia. A delegada Maria Zulnária Soares de Oliveira, da 1ª Delegacia Metropolitana, informou nesta quarta-feira (21) que ainda não tem a identificação do suspeito, mas que uma testemunha deu o número da placa da moto e deu mais informações sobre o suposto agressor. O caso aconteceu na tarde de terça-feira (20) no entorno da Praça Tobias Barreto, no bairro São José em Aracaju. O local da ação fica a menos de 200 metros da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP).
Delegada Maria Zulnária, investiga homem apontou uma arma de fogo para o casal que estava no carro. (Foto: Divulgação SSP/SE)
O caso repercutiu e vídeos do caso circulam pelas redes sociais. As imagens mostram o motociclista descendo da moto já com a arma de fogo, dando a volta no carro e retirando o motorista do veículo. Após isso, o agressor deu uma coronhada na vítima, a mulher tentou acalmar os ânimos e retornou para o carro. O motociclista dá vários chutes, aponta a arma para a cabeça do condutor e depois para a passageira que estava no banco da frente.
Abalado, o condutor do carro registrou o Boletim de Ocorrência e disse que retornava de uma consulta médica com a esposa que estava se sentindo mal. “A vítima estava tão nervosa que não teve condições de detalhar o fato, mas o depoimento oficial será colhido pela Polícia Civil na tarde de quinta-feira (22)”, diz a delegada. Testemunhas acreditam que o motociclista é um policial.
“Se for um agente público, será encaminhado o procedimento para o órgão que ele trabalha para que seja averiguada a conduta dele. De qualquer forma estamos investigando os crimes de ameaça, dano, lesão corporal e porte ilegal de arma”, explica a Zulnária.
Segundo a delegada, a discussão começou por um motivo banal quando os veículos quase se chocaram. “Começou um perguntando se era doido e o outro revidou e culminou com uma atitude insana, completamente incoerente e com uma agressividade que chocou a sociedade. Peço à população que passe informações sobre o suspeito através do Disque-Denúncia no telefone 181 porque isso ajuda, e muito, nas nossas investigações”, destaca.
Para o taxista Jailton Santos é necessário ter paciência no trânsito para evitar situações de risco. “É sempre melhor prevenir e evitar a troca de ofensas porque a gente nunca sabe qual é a intenção da outra pessoa. Imagine o pânico que esse casal teve, poderia até ter sobrado para alguém que estava passando pelo o local. Um perigo!”, conclui o motorista profissional. (Informações de Marina Fontenele, do G1 SE)
