A diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegada Thereza Simony, recebeu na manhã desta sexta-feira, 4, a imprensa para detalhar o andamento do inquérito policial que apura o triplo homicídio registrado na noite da última sexta-feira, 27, nas instalações do Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE).
Pedindo a contribuição dos profissionais de imprensa, Simony não forneceu informações aprofundadas das diligências, visando não atrapalhar a finalização das investigações. Na próxima segunda-feira, 7, se encerra o prazo para conclusão do processo. “Na segunda vamos remeter o inquérito à justiça, pois está previsto em Lei o tempo de dez dias em casos de crimes com prisões em flagrante”, explicou a delegada.
Ainda segundo a delegada, até o momento foram ouvidas cerca de 30 pessoas, envolvendo acusados e profissionais da unidade de saúde. As três armas dos envolvidos na cena do crime, além de laudos, munições e motocicletas foram encaminhados para o Instituto de Criminalística para análise. “O trabalho da criminalística é mais uma peça desse quebra-cabeça para que possámos esclarecer os fatos”.
Apesar do prazo ser de dez dias a delegada destacou que após a finalização do inquérito e encaminhamento para o Poder Judiciário novas diligências podem acontecer a pedido do Ministério Público. “O tempo de dez dias é muito pouco dado a compelexidade do crime. É bastante provável que novas diligências serão feitas, pois algumas pessoas não serão ouvidas”, disse.
Envolvidos
Durante a coletiva, Thereza Simony descartou o registro de troca de tiros no interior do HUSE no dia dos crimes. Foi comprovado, também, que o soldado Jean Alves de Souza, irmão do tenente Genilson Alves de Souza, assumiu a execução de dois dos três assassinatos.
Delegada Teresa Simony _Foto: Reinaldo Gasparoni
“Estamos apurando ainda as informações. Segundo uma das testemunhas, o tenente Genilson seria o autor de um dos homicídios. É importante salientar que são informações que estão sendo apuradas e ainda é cedo para que possamos apontar o envolvimento de cada um”, salientou Thereza.
Com relação as vítimas, a delegada afirmou que ficou comprovado a participação de Adalberto Santos Silva na troca de tiros ocorrida no bairro São Carlos antes dos acontecimentos vivenciados no HUSE. Na oportunidade, o irmão dos policiais, o padeiro Jailson Alves de Souza, foi atingido e vindo a óbito.
Já no que diz respeito a Cleidson dos Santos, a diretora do DHPP afirmou que ele estava na cena do crime registrado no São Carlos e após ser ferido foi, também, encaminhado para o HUSE. “Já com relação a terceira vítima, Márcio Alves dos Santos, ainda é cedo para afirmar que ele estava no momento do tiroteio ocorrido no São Carlos. Há a informação que ele deu entrada no hospital cerca de uma hora antes dos demais envolvidos chegarem”, finalizou Thereza.
Agência Sergipe de Notícias