Policiais civis da 4ª Delegacia Metropolitana, com apoio do Centro de Operações Policiais Especiais (COPE), prenderam na noite da última quarta-feira, 26, em um trecho da rodovia próximo ao município de Capela, três envolvidos no assalto a uma joalheria e de ferir e roubar a arma de um policial civil que trocou tiros com o grupo. Trata-se de Diego Fagundes Teles, 25 anos, Gledson Contreira Neris e Fabricio Santos, 29 anos.
As duas mulheres que aparecem nas imagens do assalto se apresentaram espontaneamente e após prestaram declarações foram liberadas por não terem mandados de prisão contra elas. De acordo com o delegado Marcos Garcia, ainda resta ser preso o mentor e líder do bando um homem identificado como Adriano Gonzaga dos Santos, o “Mago”, que fugiu da carceragem do Cope no último dia 10 de novembro.
“Foi Mago quem planejou, recrutou os parceiros e fez todos os levantamentos para a prática desse assalto. O objetivo dele era conseguir dinheiro para fugir de Sergipe, já que hoje ele é um dos criminosos mais procurados do Estado”, explicou. Pelos depoimentos colhidos, todas as jóias ficaram em poder de Adriano, bem como as duas armas usadas no assalto, além da pistola da Secretaria de Segurança Pública que os acusados roubaram do policial civil Luiz Carlos.
“O policial percebeu o assalto e reagiu, mas os criminosos dispararam vários tiros vindo a alvejar o policial na perna. Quando ele caiu, os acusados se aproximaram para matá-lo, mas as garotas que participaram do assalto começaram a gritar e imploraram que os comparsas não matassem o policial. Então, eles decidiram fugir em um carro alugado, roubando a pistola da SSP”, enfatizou Garcia.
Investigações
Após a divulgação das imagens do assalto na imprensa, a polícia começou a receber várias denúncias anônimas por meio do Disque-Denúncia 181. Uma das informações levou a equipe até o município de Capela, onde os policiais encontraram três homens em um veículo Cross Fox quebrado parado no acostamento da rodovia. “Eles acionaram o guincho e estavam esperando socorro. Quando os policiais do COPE realizaram a abordagem ainda encontraram algumas joias roubadas, mas foi aqui na 4ª DM que as vítimas os reconheceram como os que roubaram o estabelecimento”.
Nos depoimentos, os suspeitos revelaram os nomes das mulheres que participaram do assalto e uma delas se apresentou na tarde desta quinta-feira e revelou que Adriano a sequestrou juntamente com a amiga e as obrigou a entrarem na loja como se fossem um casal. “Elas disseram que foram coagidas, mas vamos apurar com mais detalhes estas informações porque as imagens da loja mostram as duas recolhendo as joias das pratelheiras, enquanto os comparsas trocavam tiros do lado de fora com o policial”.
O delegado ressalta que o depoimento das garotas ajudou a detalhar melhor a participação de cada integrante da quadrilha. Garcia informa que a princípio não há ligação entre o assalto da joalheria do Conjunto Augusto Franco e o praticado no último domingo em uma joalheria do Shopping Jardins. “Analisamos as duas imagens e constatamos que não se trata das mesmas pessoas, mas todas as possibilidades ainda estão sendo apuradas”, disse.
Diego e Gledson tinham mandados de prisão em aberto por crimes de homicídio e roubos cometidos no município de Nossa Senhora do Socorro. Fabrício permanece detido por força de um mandado de prisão expedido pelo juiz Cristiano José Macedo pelo crime de roubo. As duas mulheres vão responder pelo crime em liberdade. “Já em relação à Adriano há uma força-tarefa da polícia no sentido de capturá-lo, tendo em vista sua alta periculosidade e participação dele em uma série de homicídios e assaltos em Aracaju”, disse Garcia.
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Informações da SSP/SE