A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quinta-feira (25/2), a 6ª fase da Operação Zelotes, com alvo na empresa Gerdau. São cumpridos 22 mandados de condução coercitiva e 18 de busca e apreensão em Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Brasília. No Distrito Federal, um dos alvos é a sede da siderúrgica, localizada no Setor de Indústria e Abastecimento. (SIA). A 10ª Vara Federal de Brasília ainda ordenou duas oitivas a serem realizadas no Complexo Penitenciário da Papuda, na capital.
Segundo a PF, a estimativa é que a apenas a Gerdau tenha tentado sonegar até R$ 1,5 bilhão. A Zelotes, deflagrada pela primeira vez no ano passado, constatou que uma associação criminosa corrompia integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) do Ministério da Fazenda para “manipular e influenciar” decisões favoráveis às empresas. Com isso, as corporações se livravam de autos de infração e multas aplicadas pela Receita Federal.
Para os investigadores, a Gerdau e outros suspeitos de participar do esquema demonstrou “continuidade da prática dos crimes de advocacia administrativa fazendária, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro por parte de uma estrutura criminosa complexa”, mesmo depois de a Zelotes ser deflagrada. Outros investigados são conselheiros e ex-conselheiros do Carf e advogados.
A Gerdau tem presença em 14 países e fechou contratos de consultoria com escritórios que, parra a PF, foram usados no esquema. Esses consultores, “por meio de seus sócios, agiram de maneira ilícita, manipulando o andamento, distribuição e decisões do Carf, visando obter provimento de seus recursos e cancelamento da cobrança de tributos em seus processos”, de acordo com os agentes e delegados.
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Eduardo Militão/Correio Braziliense