O secretário de Estado da Segurança Pública, João Eloy de Menezes, reforçou que continuam sendo procurados os autores do assassinato a tiros do vice-presidente da Câmara Municipal de Cumbe, vereador Lenaldo Pereira, 42 anos. “Um dos acusados já está preso, mas as investigações seguem em sigilo, no sentido de identificar e prender outras pessoas que teriam participação no crime”, afirmou Eloy.
A declaração foi feita durante reunião na manhã desta terça-feira, 6, na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP), durante reunião com o presidente do PSDB em Sergipe, Roberto Góes, e o ex-deputado federal, José Carlos Machado, que também é dirigente do partido, no qual militava Pereira. Ele foi morto no dia 5 de fevereiro de 2012, em um bar do município, distante 96 km de Aracaju.
Solicitamos atenção a especial que o caso requer e recebemos informações que nos levam a crer que todo o empenho possível está sendo dedicado à elucidação do delito e prisão dos seus responsáveis”, afirmou Machado. “Este é um crime que chocou a população de Cumbe e a todos que fazem o PSDB. Cremos na seriedade e competência da Segurança Pública e nos colocamos à disposição para ajudar no que for necessário”, acrescentou Góes.
Por determinação de João Eloy, o encontro contou com a presença do coordenador da Polícia Civil no Interior, delegado Jonathas Evangelista, que relatou como as investigações estão sendo conduzidas. “Um dos acusados está preso. Esperamos prender em breve os demais envolvidos. Todas as apurações e diligências estão sendo coordenadas pelo delegado Felipe Tocori, com apoio da Superintendência da Polícia Civil”, resumiu Evangelista.
Preso
Um dos acusados foi identificado e preso com base no reconhecimento feito por pessoas que presenciaram o assassinado do parlamentar. Jardiel Pereira Azevedo, 25 anos, está preso temporariamente em Nossa Senhora das Dores e nega o envolvimento no crime. Segundo o delegado Felipe Tocori, no momento do crime, aproximadamente 20 pessoas estavam no bar com o vereador e foram testemunhas do assassinato. A Polícia Militar realizou diligências logo após o crime, mas não conseguiu pistas dos assassinos.
“As testemunhas disseram que os homens anunciaram um assalto, mas o vereador reagiu e chegou a segurar o revólver de um dos assaltantes. O delegado informou que pelas informações apuradas no inquérito policial tudo leva crer que tratou-se de um latrocínio [roubo seguido de morte], mas outras hipósteses estão sendo checadas. O vereador foi atingindo com dois tiros na cabeça e um no tórax”, informou o Tocori.
Dos três assaltantes, apenas um deles estava com o rosto descoberto e os outros dois estavam de capacete. Eles teriam chegado ao bar ocupando duas motocicletas. Dois deles desceram de um dos veículos e anunciaram um suposto assalto, momento em que o vereador teria reagido, tentando segurar um dos assaltantes, enquanto o outro agiu atirando contra o vereador. O trio fugiu em seguida, nas motocicletas, sem nada levar.
O delegado Felipe Tocori alerta que a população pode colaborar com o andamento das investigações passando novas informações através do Disque Denúncia da Polícia Civil, através do número de telefone 181. Apesar dos primeiros levantamentos indicarem latrocínio, a polícia não descarta outras possibilidades de motivação.
SSP/SE