A Polícia Civil de Sergipe prendeu o pedreiro Mário César Santos de Oliveira apontado como o reponsável pelo crime brutal que vitimou a adolescente Laísa Santos Andrade, 16 anos. Segundo a delegada Jacyara Mendonça, responsável pelas investigações, o crime teria ocorrido no dia 6 de junho dentro da casa da vítima, que fica na comunidade do Barreiro, em São Cristóvão.
Baseada em depoimentos e nos laudos periciais feitos na vítima e no suspeito, a delegada disse que não há mais dúvidas sobre a autoria do crime. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) ainda não foi concluído, mas os estudos preliminares indicam que a adolescente teria sido morta por asfixia mecânica. “Ele a estuprou e depois a matou. Em seguida amarrou pernas e braços junto a cabeça, posição que lembra muito uma criança dentro da barriga da mãe, e colocou-a dentro de um sacola para facilitar o transporte até a carroça que ele utiliza para transportar areia para construção civil”, disse.
A jovem foi encontrada alguns dias depois com o corpo parcialmente enterrado e já desfigurado em uma área de mangue no Jardim Universitário, em São Cristóvão. A coordenadora das Delegacias da Capital, delegada Viviane Pessoa, foi enfática ao afirmar que Mário César “é um homem frio, caulista, cruel e de personalidade doentia. Após matar a menina, ele voltou a casa da família e conversou com os pais e amigos da jovem, que já estavam preocupados com o sumiço de Laísa. O cinismo chegou ao máximo quando ele foi participar de um culto religioso com a família da vítima e chegou a rezar pedindo que a Deus ajudassse a encontrar a garota”, explicou.
Jaciara Mendonça relatou que o pai da menina percebeu marcas de arranhões de pelo corpo do acusado e alguns vizinhos relataram à polícia terem ouvido gritos na casa da vítima justamente no momento em que ele estava no local realizando um trabalho, já que também era carroceiro e estava transportando areia para a gente da casa de Laíssa. Convocado a comparecer na 6ª Delegacia Metropolitana, no conjunto Eduardo Gomes, ele negou as acusações e disse que era inocente.
A delegada solicitou que ele realizasse exames de corpo delito e a partir desse dia várias pessoas ligaram para o Disque Denúncia 181 para passar detalhes do crime que teria sido feito pelo pedreiro. Quando a polícia juntou todas as peças constatou que não havia mais dúvidas da autoria do crime e solicitou a prisão do acusado à Justiça.
Em depoimento, a delegada disse que o acusado não colaborou com as investigações e se defendeu o tempo todo. Mário César já tem um longo passado de crimes. Em 1994, ele foi preso pelo crime de furto, voltando a ser preso em 2007 pelo crime de homicídio e ainda consta outra condenação criminal pelo crime de estupro ocorrido há cinco anos.
Na porta da casa, segundo a delegada Jaciara, foi encontrado um copo com água, indicando que o pedreiro teria utilizado o pedido de água como argumento para atrair a vítima a abrir a porta, que estava trancada. Vizinhos também teriam ouvido gritos por volta do meio dia. O pedreiro também foi visto, conforme a delegada, em uma carroça com a sacola [a mesma embalagem que teria sido vista na casa dele anteriormente e com as mesmas características daquela usada para colocar o corpo da adolescente antes de enterrá-la].
Ainda conforme as investigações, o pedreiro posteriormente teria retornado, já sem a sacola. A delegada disse que os exames periciais revelaram indícios de sangue na carroça do pedreiro, assim como também foram encontrados vestígios de sangue na corda que foi encontrada no fundo da casa da vítima. A corda apresentava formato e nó de forca, indicando que aquele objeto teria sido usado pelo pedreiro para asfixiá-la.