Um homem foi preso em flagrante pela prática do golpe do presente em investigação conduzida pela Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), vinculada ao Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri). Ele é apontado como um falso motoboy que levava a maquineta de cartão de crédito utilizada no golpe, que gerou um prejuízo total de R$ 90 mil. Apenas de 20 de agosto a 2 de setembro, data da prisão, ao menos 17 pessoas foram vítimas do investigado. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 4.
Segundo a delegada Maria Pureza Machado, o fato chegou ao conhecimento da DRCC no dia 22 de agosto. “Chamou a nossa atenção porque um dos envolvidos entr
ou em contato com a vítima via WhatsApp, detendo informações pessoais, notadamente a data do aniversário. Sob a alegação de que teria um presente de perfumaria, confirmava o endereço da vítima e dizia que um motoboy faria a entega”, contextualizou.
No golpe, um segundo integrante do grupo criminoso explicava que, embora se tratasse de um presente, seria necessário o pagamento de uma taxa de serviço com cartão de crédito, assim como detalhou a delegada. “O pagamento só poderia ser feito com cartão físico, não aceitando Pix e cartão por aproximação. A vítima acreditava que se tratava de uma data comemorativa, inserido o cartão na maquineta”, descreveu.
Em seguida, após a vítima inserir o cartão na máquina, o motoboy alegava que teria ocorrido um erro com o equipamento. “Após a vítima digitar a senha, ele alegava que houve um erro de processamento. Assim, ele trocava a maquineta e colocava o cartão em outro equipamento. Nessa outra máquina, ele já tinha acesso à senha da vítima, a distraía e, em sua presença, fazia transações sem que ela percebesse”, complementou a delegada.
Diante da denúncia, a DRCC iniciou os levantamentos policiais. “E identificamos que várias pessoas foram vítimas desde o dia 20 de agosto. Então, nesses levantamentos, durante investigações, identificamos que esse falso motoboy estava com uma motocicleta, cuja placa era de outro estado. Iniciamos as diligências para localizar e prender esse investigado”, relatou a delegada Maria Pureza.
Ainda conforme a delegada, os dados pessoais que embasam as ações dos golpistas geralmente são obtidos em bancos de informações na internet. “Assim, os golpistas tinham acesso às informações como data de aniversário e a um suposto endereço, que eles confirmavam durante a ligação pelo WhatsApp”, explicou Maria Pureza, delegada responsável pela investigação conduzida pela DRCC.
Denúncias
A Polícia Civil solicita que eventuais vítimas do golpe do presente procurem o Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) para registrar o boletim de ocorrência. Outras informações e denúncias que possam contribuir com investigações de golpes conduzidas pelo Depatri sejam repassadas à Polícia Civil por meio do Disque-Denúncia, no telefone 181. O sigilo é garantido.
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Fonte: SSP/SE