A Polícia Civil prendeu na tarde da última segunda-feira, 18, no bairro Lagamar, periferia de Propriá, o ex-presidiário José Wagner Araújo dos Santos, 30 anos, vulgo “Caveirinha”, acusado de participar da ação criminosa que culminou na morte do vigilante de uma distribuidora de bebidas. José Barbosa dos Santos, 71 anos.
De acordo com o delegado Hilton Duarte, levantamentos feitos pela polícia apontaram que por volta das 5h40 da manhã do dia 28 de outubro deste ano José Wagner e Ednelson Santos Correia chegaram de motocicleta na distribuidora. As imagens do circuito interno de TV da empresa mostram Ednelson descendo do veículo e indo para o estabelecimento. “Quando ele vê o vigilante dispara um tiro fatal e mata o trabalhador. Ocorre que Caverinha percebeu que o comparsa matou a pessoa errada e o abandonou no bairro Matadouro”, disse.
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“Apuramos que Ednelson matou a pessoa errada. O alvo seria o vigilante que não tinha chegado ao trabalho e que renderia o senhor José Barbosa às 6 horas da manhã”, reforçou o delegado Hilton. Na fuga, Caveirinha, que guiava a moto, acabou deixando o parceiro no local. A população do bairro Matadouro, revoltada com a morte do vigilante, que era bastante querido na comunidade, alcançou o criminoso e o linchou a pauladas e a tiros, causando sua morte imediata.
Motivação do crime
Segundo a polícia, Caverinha tinha uma rixa antiga com o vigilante que seria morto. As investigações apuraram que José Wagner mantém um relacionamento com a ex-mulher desse vigilante, fato que gerou vários atritos entre os dois. “Há vários boletins de ocorrências registrados na delegacia um contra o outro, inclusive com registros de disparos de armas de fogo”, destacou.
Hilton reforça que as câmeras de circuito interno da distribuidora de bebidas, bem como a ouvida das testemunhas, ajudaram a polícia na elucidação da autoria do delito. Caverinha está em liberdade condicional. Ele foi condenado pela Justiça pelos crimes de furto e agressão física. Desta vez, o acusado vai responder pelo crime de homicídio.
O delegado reforçou, ainda, que está analisando imagens do linchamento de Ednelson Santos Correia. “A população fez Justiça com as próprias mãos, o que não permitido por nossa legislação”.
Da Assessoria de Comunicação da SSP/SE