A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) e o Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap) realizam na manhã desta quinta-feira (15) mais uma fase da ‘Operação Indenizar-SE’, que investiga desvios de dinheiro das verbas indenizatórias da Câmara.
De acordo com informações da delegada Daniele Garcia, os vereadores Tijói Barreto Evangelista [que usa o nome político de Adelson Barreto Filho] e Agamenon Sobral Freitas [candidato à reeleição] se apresentaram ao Deotap. Contra eles, a Justiça expediu mandados de condução coercitiva, ou seja, quando eles são obrigados a prestar esclarecimentos. Mas os policiais não encontraram os parlamentares, que se apresentaram de forma espontânea e foram presos preventivamente.
“Acabamos de receber a decisão sobre a prisão dos vereadores. E ainda vamos analisar o material para fazer a defesa. Eles serão conduzidos para um local onde vão ficar custodiados”, explicou o advogado dos parlamentares Guilherme Maluf.
A delegada informou que também foram presos preventivamente os empresários Alcivan Menezes Silveira e seus filhos Alcivan Menezes Silveira Filho, Pedro Ivo Santos Carvalho e Richard Leon Freitas Silveira, que segundo as investigações recebiam por serviços que não foram prestados aos parlamentares.
O advogado dos empresários, Valter Neto disse que vai recorrer da prisão preventiva. “Vamos recorrer, pois eles prestaram os serviços que foram contratados para fazer”, disse.
“A Justiça pediu ainda o afastamento de oito vereadores investigados”, disse a delegada Daniela Garcia.
A Câmara de Vereadores informou que ainda não foi informada sobre o pedido de afastamento de nenhum dos parlamentares.
Entenda o caso
A investigação apura o pagamento de verbas de indenização respaldadas em contratos fictícios de locação de veículos e de assessoria jurídica. A estimativa é que as negociações ilícitas movimentaram R$ 7 milhões somente em 2013.
Ao todo, 15 parlamentares são investigados por suposta participação em um esquema de falsos contratos de locação de veículos e contratação de assessoria jurídica. Para a polícia, o objetivo deles era desviar dinheiro das verbas indenizatórias da Câmara.
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