O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) informou, nesta quarta-feira, 16, que concluiu as investigações sobre a morte de uma mulher de 51 anos, atingida no pescoço por uma linha vitrificada – popularmente conhecida como “cerol” – nas proximidades do shopping do bairro Coroa do Meio, na Zona Sul de Aracaju. Cinco pessoas foram indiciadas, sendo uma delas por homicídio culposo, que é quando não há a intenção de matar. Os demais envolvidos foram indiciados pelo crime de expor a vida e a saúde de pessoas a perigo direto e iminente.
Conforme a apuração policial, os indiciados foram flagrados participando de uma competição de pipas na Barra dos Coqueiros, na Região Metropolitana.
De acordo com o delegado Tarcísio Tenório, o fato ocorreu na tarde do dia 15 de novembro de 2021. A vítima chegou a ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos, devido a uma grave lesão no pescoço.
“Durante as diligências no local da morte, foram apreendidas várias pipas e linhas, as quais foram submetidas a exame pericial. Na mesma tarde, a polícia localizou pessoas que participavam de uma competição de pipas na Barra dos Coqueiros. Todos os envolvidos foram conduzidos ao DHPP, onde foi coletado material biológico”, detalhou.
Em conjunto à investigação policial, exames realizados pelos Institutos de Criminalística (IC) e de Análise de Pesquisas Forenses (IAPF) concluíram que havia material biológico de um dos envolvidos em um fragmento de pipa recolhido no local da morte.
Como resultado dos exames periciais realizados pelo IC e pelo IAPF, junto aos exames necroscópicos feitos no Instituto Médico Legal (IML), a Polícia Científica e a Polícia Civil chegaram à conclusão da causa da morte O laudo cadavérico da vítima apontou como causa da morte hemorragia por secção de vasos na região cervical.
Conforme Tarcísio Tenório, no relatório conclusivo das investigações, o DHPP ressaltou que as pipas com linhas vitrificadas são fatais. “Como resultado da competição, as pipas vencidas seguem desgovernadas, podendo atingir pessoas, como de fato ocorreu no caso investigado”, concluiu o delegado.
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Fonte: SSP/SE