José Fernandes dos Santos Júnior, 30 anos. (SSP/SE)
A delegada Michele Araújo, responsável pela Divisão de Repressão aos Crimes Contra o Patrimônio da delegacia da cidade de Lagarto, detalhou na manhã desta quinta-feira, 7, investigação que culminou com a prisão do empresário do ramo de turismo, José Fernandes dos Santos Júnior, 30 anos, acusado de dá golpe em mais de vinte clientes.
Segundo a delegada Michele Araújo, o indiciado foi preso por força de mandado de prisão preventiva e era proprietário da empresa Júnior Vip Tour que funcionava de forma legal desde o ano de 2009. “O empresário aplicava o golpe da passagem aérea, onde vendia os bilhetes de embarque repassando os recibos para os clientes. Posteriormente ligava para as vítimas e desmarcava o embarque, alegando problemas com a operadora da empresa aérea”, explicou a delegada.
Ainda segundo Araújo, ficou comprovado nos autos do inquérito que as pessoas efetuavam o pagamento antecipado dos bilhetes, os quais eram emitidos, constando inclusive o localizador do voo, e depois cancelados pelo indiciado, que não repassava os valores às companhias aéreas, culminando com o cancelamento da passagem. “Estamos levantando a informação se ele comprava as passagens e depois as cancelavam ou se falsificava os bilhetes e localizador de voo”, salientou a delegada.
Somente uma das vítimas teve um prejuízo de aproximadamente R$ 18.000,00. Ela afirmou que se casou em Sergipe, mas a família do noivo, natural de Porto Alegre, tinha preparado uma festa para o casal e como as passagens foram canceladas pelo golpista, tudo que foi comprado para a comemoração foi perdido. “O prejuízo financeiro é complicado, mas existe também o prejuízo emocional que é até mais danoso”, pontuou Araújo.
Outra vítima declarou a polícia que há a suspeita de que seu cartão de crédito foi clonado na agência do indiciado, sendo emitida uma passagem aérea em nome de terceiro. “O José Fernandes já foi indiciado na delegacia de Lagarto por fato similar no ano de 2011 e, após ser procurado por várias vítimas, fechou seu estabelecimento comercial e não era mais visto na cidade”, finalizou a delegada.
SSP/SE
