Por Iane Góis*
O anúncio de parcelamento do salário de parte dos servidores estaduais tem causado sérios transtornos ao serviço público em Sergipe. Não bastasse a “operação parcelamento” nos trabalhos dos auditores e dos delegados de polícia restringindo a execução funcional, a partir de segunda-feira (3) os agentes da polícia civil entrarão em greve.
A decisão, uma forma de protesto ao “desrespeito” do governo com a categoria, segundo João Alexandre, presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Sergipe (Sinpol), foi tomada em assembleia geral extraordinária realizada na última quinta-feira (30) e só deverá ser revertida após o pagamento integral dos vencimentos.
“Diante do anúncio do pagamento parcelado do salário, então entendemos que parcela-se o salário, parcela-se o trabalho. Em outras palavras, sem salário, sem trabalho”, afirmou João Alexandre.
Durante o período de greve apenas 30% do efetivo da civil funcionará nas delegacias, conforme prevê a legislação, mas apenas os serviços de lavratura de flagrantes e guia de liberação de óbitos serão prestados. Visitas aos presos, registro de boletim de ocorrência e investigações ficarão suspensos.
Consciente do caos que o estado vive em termos de segurança pública, o sindicalista criticou o posicionamento do governo do Estado ao afirmar que “é inconcebível um tratamento desse com uma categoria que presta um serviço essencial à população sergipana. Diminuir a importância da segurança pública é um ato de irresponsabilidade, é querer aumentar o que já está muito grande, que é a criminalidade”.
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Por Iane Góis, do Portal Itnet