Na manhã dessa segunda-feira (29) a Polícia Civil sergipana apresentou à imprensa, através da delegada Maíra Moinhos, da 4ª Delegacia Metropolitana, detalhes da investigação que prendeu na última sexta-feira (26), Antônio Conceição Gonçalves, acusado de roubar e matar Alexandre Guedes Santos, 30 anos. Alexandre era técnico em eletrônica do Hospital São Lucas e estava de férias, quando na manhã do dia 15 outubro foi para a praia do Mosqueiro, próximo à localidade conhecida como “Viral” e não mais voltou. O corpo do jovem foi encontrado na tarde do último dia 18.
De acordo com a delegada Maíra Moinhos, desde o dia 17, quando a família procurou a 4ª Delegacia a equipe diligenciava por informações e indícios de crime de latrocínio ou homicídio, até que a localização do corpo no final da rodovia dos Náufragos auxiliou as investigações. O local onde o corpo foi encontrado direcionou as investigações que se concentraram na região da Zona de Expansão.
Ainda de acordo com a delegada, inicialmente a equipe de captura junto com a Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol) identificaram Anselmo dos Santos Andrade, conhecido como Neguinho Terra, como um possível suspeito do crime. Com a prisão temporária de Anselmo, o avanço das investigação e diligências no Estado da Bahia, a polícia identificou Antônio Conceição Gonçalves, conhecido como Toinho, o qual estava tentando vender a motocicleta da vítima na cidade de Camaçari (BA). Após dez dias de tentativas, Antônio não conseguiu vender o bem e retornou para Sergipe, onde foi preso no povoado Quilombo, na cidade de Lagarto, de onde é natural.
Quando foi preso, Antônio ainda estava com o capacete, os óculos e a motocicleta da vítima, uma Honda NX Falcon. Ao ser interrogado, Antônio alegou que em companhia de terceira pessoa que não sabia declinar o nome ou paradeiro, abordou Alexandre na praia, apenas com intuito de mantê-lo em cárcere privado, enquanto sacavam dinheiro da conta bancária da vítima. No entanto, após tomar conhecimento das informações colhidas durante toda a investigação confessou ter praticado o delito sozinho, alegando que pretendia apenas roubar a vítima, mas acabou matando-a.
José Filho Gonçalves, irmão de Antônio estava com o investigado no momento da prisão e possuía uma arma de fogo calibre 32, motivo pelo qual também foi preso. Os autos, segundo a delegada Maíra, não apontam a participação de José no crime, motivo pelo qual lhe foi arbitrada fiança e responde a acusação em liberdade. A delegada informou ainda que o depoimento da esposa de Antônio foi primordial para a elucidação do crime. “ A esposa viu em cima da cama enquanto Antônio tomava banho a identidade da vítima, e dias depois quando a foto foi apresentada nas televisões pela imprensa ela se deu conta de que o marido havia cometido um crime grave”, esclareceu.
De acordo com o delegado Marcos José Garcia, a prisão de Antônio expedida pela Primeira Vara Criminal de Aracaju é de 30 dias, no entanto, restam poucas diligências a serem empreendidas e a Polícia concluirá a investigação ainda esta semana, com o indiciamento e representação pela conversão da prisão preventiva de Antônio.
Na oportunidade, da prisão de Anselmo, foram apreendidas substâncias entorpecentes, como maconha e cocaína, o que levou também à sua prisão em flagrante, haja vista que já pesavam contra “Terra Dura” denúncias de tráfico de drogas no Povoado Robalo. Além de toda a equipe da 4ª Delegacia Metropolitana a investigação contou com o apoio da Dipol, Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Copci), do Grupo Anti Furto – GAF, da equipe do Gabinete do Secretário Adjunto de Segurança, da Delegacia Regional de Lagarto e da Polícia Civil de Camaçari (BA).
SSP/SE