Como resultado de investimentos em capacitação técnica dos servidores e da aquisição de novos equipamentos de perícia, a Polícia Científica, vinculada à Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP), encerrou o primeiro semestre de 2024 com a emissão de mais de 5,4 mil laudos periciais em Sergipe. No período, a instituição também alcançou o marco positivo de mais de 150 mil novas Carteiras de Identidade Nacional (CINs) no estado, alcançando 7% da população sergipana, já com o novo documento de identificação nacional – com uma taxa de emissão seis vezes maior do que a média nacional de emissão da CIN.
Os exames e laudos periciais envolvem análises genéticas, biológicas, químicas, em corpos, em locais de crime e em objetos apreendidos. No tocante às perícias, o levantamento da Polícia Científica identificou que foram realizados 750 exames cadavéricos; 1,5 mil exames de identificação de lesão corporal; 513 exames relacionados ao seguro DPVat; além da emissão de 700 laudos de constatação ou não de violência sexual no estado.
Para o coordenador-geral de perícias, Vitor Barros, o resultado dos exames e laudos periciais emitidos no primeiro semestre deste ano, bem como do volume de CINs emitidas no estado no, é positivo e reflete a reestruturação da Polícia Científica de Sergipe. “Esse é o resultado do trabalho em conjunto que a Polícia Científica e os seus servidores fazem para que a Justiça seja feita”, avaliou o coordenador da instituição.
Principais perícias
A Polícia Científica é composta por quatro institutos – de identificação Papiloscopista Wendel da Silva Gonzaga (IIWSG), de Criminalística (IC), de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF) e Médico Legal (IML). “A Polícia Científica é responsável pela materialização dos vestígios em prova. Então, a perícia é utilizada para que um vestígio suspeito se torne algo material para ser levado a julgamento”, explicou o coordenador-geral de perícias.
Vitor Barros destacou ainda que as principais perícias feitas pela Polícia Científica de Sergipe são referentes a exames cadavéricos. “Em um caso de homicídio, por exemplo, nós vamos definir a causa da morte, a dinâmica dos fatos e se houve algum corroborativo que aumente a pena do investigado, ou seja, se foi utilizado de algum meio cruel. São respostas que apenas a Polícia Científica pode responder”, evidenciou.
Além das perícias relativas a exames cadavéricos, a Polícia Científica também atua com exames na área de balística forense – análise de armas e munições para definir se o material foi utilizado em um determinado crime -, no campo da toxicologia forense – para determinar casos de envenenamento -, e perícias em locais de crime – elucidando toda a dinâmica de um fato criminoso, abrangendo o levantamento de digitais.
As perícias da Polícia Científica também são responsáveis pela constatação ou não de crimes sexuais, inclusive com a identificação do material genético do autor da investida criminosa. “Então, todas essas análises laboratoriais – com a realização de exames e emissão de laudos periciais – de interesse da Justiça são realizadas pela Polícia Científica”, enfatizou o coordenador-geral de perícias, Vitor Barros.
Novos equipamentos
Para alcançar o resultado positivo no tocante à produtividade de exames em Sergipe, a Polícia Científica tem recebido diversos equipamentos que ampliam a qualidade dos laudos periciais em Sergipe. “Recebemos um equipamento, instalado no Laboratório de Genética Forense, para agilizar o processo de extração, quantificação e análise de perfis genéticos. É o primeiro equipamento desse tipo no Nordeste”, exemplificou Vitor Barros.
Referência nacional
Com os investimentos em equipamentos e constante capacitação técnica dos peritos criminais da Polícia Científica, Sergipe também tem sido referência para outros estados, conforme explicou Vitor Barros. “Nós temos laboratórios que são referência a nível nacional, a exemplo da unidade de Toxicologia, onde realizamos dosagens das mais diversas drogas de uso e de abuso”, contextualizou o coordenador-geral de perícias.
Diante da referência nacional, peritos criminais de outros estados do país têm vindo a laboratórios da Polícia Científica de Sergipe. “Peritos de outras unidades da federação estiveram aqui recentemente trazendo amostras de seus estados para que, utilizando a nossa estrutura, fossem realizadas análises do ponto de vista quantitativo, ou seja, para saber a quantidade de uma substância no organismo humano”, evidenciou Vitor Barros.
Fortalecimento da Polícia Científica
No último dia 12 de julho, o Governo do Estado nomeou 86 novos servidores para a Polícia Científica, após a realização de concurso público para o provimento de vagas na instituição de perícia oficial de Sergipe. Os novos servidores irão passar por um curso de formação, que abrange 420 horas de aulas teóricas e práticas, durante os meses de agosto, setembro, outubro e novembro, para fortalecer os serviços da Polícia Científica de Sergipe.
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Fonte: SSP/SE