Os trabalhadores da Petrobras de Sergipe e suas subsidiárias que entraram em greve no dia 17 de outubro retornaram ao trabalho nesta sexta-feira (25) após entrarem em acordo de aumento salarial de 6,05%.
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Eles pediram também suspensão do leilão de Libra, o primeiro do pré-sal sob o regime de partilha que foi realizado e o fim do Projeto de Lei 4330, que legaliza as terceirizações em atividades fins e uma proposta que contemple a reivindicação dos trabalhadores. Ou seja, 16,53% de aumento no salário base, sendo 10% de ganho real e 6,53% de reajuste pelo ICV.
A categoria diz que não recebe reajuste salarial há 17 anos e que nesse período só foi concedido o aumento para repor a inflação. O estado tem cerca de 12 mil concursados e terceirizados, todos aderiram à greve.
“Quanto mais os petroleiros descobrem o petróleo, mais o governo entrega para os interesses dos empresários. Quanto mais os trabalhadores ajudam a Petrobras crescer, mais o Governo Federal desvaloriza seus funcionários e se prepara para uma futura privatização”, afirma Edvaldo Leandro, diretor do Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos (Sindipetro).
Segundo Edvaldo, a estatal está em um processo avançado de terceirização e privatização onde em todo o Brasil os concursados somam 80 mil e os funcionários de empresas prestadoras de serviços são aproximadamente 360 mil. “Para nós, todos que trabalham para a Petrobras fazem parte da mesma categoria. Defendemos o nosso tema que é: para trabalhos iguais, salários e benefícios iguais”, destaca Edvaldo.
No aniversário de 60 anos da Petrobras, no dia 3 de outubro, a categoria parou por 24 horas, também em protesto contra o leilão.
Fonte: G1 Sergipe